Avaliação do status sanitário do rebanho suíno do Estado do Maranhão em relação a peste suína clássica e a leptospirose: estudo imunológico e de biologia celular

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o status sanitário do rebanho suíno do estado do Maranhão em relação à Peste Suína Clássica (PSC) e a Leptospirose. Foram colhidas 300 (trezentas) amostras de sangue e 100 (cem) fragmentos de tonsilas para a pesquisa da Peste Suína Clássica e 190 (cento e noventa) amostras de sangue selecionadas de forma aleatória para pesquisa de Leptospirose, distribuídas em 15 (quinze) municípios: Açailândia, Bom Jesus das Selvas, Formosa da Serra Negra, Fortaleza dos Nogueiras, Barra do Corda, Caixas, Peritoró, Coroatá, Imperatriz, São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Bequimão e São Bento. As amostras de sangue para pesquisa de Peste Suína Clássica foram submetidas à prova de Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e as amostras de fragmentos de tonsilas à RT-PCR. Para a pesquisa de Leptospirose realizou-se a prova de Soroaglutinação Micróspica (SAM), sendo utilizados 24 sorovares do complexo anti-Leptospira spp. Das 300 (100%) amostras de sangue e das 100 (100%) amostras de tonsilas, todas (100%) foram negativas. Das 190 (100%) amostras testadas pela SAM, 79 (41,6%) foram reagentes para um ou mais sorovares empregados na diluição 1:100. O sorovar mais frequente foi Canícola 29\190 (15,3%), Sentot 26\190 (13,9%), Butembo 22\190 (11,6%), Tarassovi 19\190 (10%), Whitcombi 16\190 (8,4%), e Batavae 13\190 (6,8%). A ausência da circulação viral nestes animais fornece subsídios que podem servir para fundamentar políticas estaduais de erradicação da Peste Suína Clássica. Quanto à Leptospirose, a positividade reflete a necessidade de que sejam adotadas medidas sanitárias para o controle dessa enfermidade.