Estudo fitoquímico e atividade leishmanicida in vitro do extrato bruto de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) Verlot

Abstract

O tratamento para as leishmanioses instituído há mais de cem anos dispõe de poucas drogas, e estas devem ser avaliadas quanto à toxicidade e efeitos adversos ao paciente, com alguns casos de resistência já relatados. A diversidade química e a imensa gama de bioagentes derivados de plantas levou à criação de centenas de drogas farmacêuticas, muitas, inclusive, possuem atividade leishmanicida. A Arrabidaea chica, conhecida como pariri possui diversos metabólitos ativos com propriedades antiinflamatórias, adstringentes e terapêuticas. Este trabalho realizou o estudo fitoquímico e a avaliação atividade leishmanicida in vitro do extrato bruto de Arrabidaea chica. Os extratos brutos das folhas e do caule de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) Verlot tiveram rendimento de 59,2% e 3,33%, respectivamente. A prospecção fitoquímica preliminar mostrou que os extratos possuem flavonóides, compostos fenólicos, taninos, antocianinas e chalconas. O extrato das folhas da Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) Verlot demonstrou atividade contra formas promastigota na dosagem de 500 μg/ml. O extrato bruto de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) Verlot apresentou citotoxicidade na concentração de 189,9 μg/mL. O extrato bruto das folhas da Arrabidaea chica é ativo contra formas promastigotas de L amazonensis em modelo in vitro e promissor para novas pesquisas de opções terapêuticas para leishmaniose.