Parasitismo gastrintestinal e pulmonar de asininos da Ilha de São Luís - MA: relação entre parasitismos, leucograma, volume globular e proteinograma sérico

Abstract

Asininos são utilizados como instrumento de trabalho por várias famílias na Ilha de São Luís – MA. A helmintofauna presente nos equídeos ocasiona diversas manifestações clínicas que podem levar o animal a óbito. Modificações em tecidos do organismo podem desencadear alterações no perfil hematológico e em algumas proteínas séricas. O hemograma avalia os elementos celulares do sangue e assim como o proteinograma, fornece informações indispensáveis ao estabelecimento do diagnóstico e ao controle evolutivo das doenças. Para saber se há alguma interação entre parasitismos gastrintestinais e pulmonares e entre eles e o leucograma, volume globular e proteinograma sérico foram avaliados 130 asininos da ilha de São Luís – MA. Com as fezes dos animais realizou-se contagem de OPG, coprocultura para a avaliação de parasitismo gastrintestinal e a técnica de Ueno modificada para a detecção de larvas de helmintos pulmonares. Com estes dados, distribuíram-se os animais em quatro grupos: OPG≤500 (negativos e positivos para Dictyocaulus arnfieldi) e OPG>500 (negativos e positivos para D. arnfieldi). Os dados foram analisados por Análise de Variância (ANOVA) e as comparações das médias foram submetidas aos testes de Tukey e Qui-quadrado (p500 e D (+). Somente nos animais eosinofílicos, a interação OPG x D. arnfieldi foi significativa. Detectou-se 22 proteínas, sendo que destas, somente 10 foram identificadas e analisadas, pela sua importância diagnóstica. Não houve diferenças significativas entre os grupos, nas concentrações de proteína total e séricas. Os animais estavam parasitados, principalmente, pelos helmintos gastrintestinais, Cyathostominae, Strongylus vulgaris, S. edentatus, Trichostrongylus axei e. Strongyloides westeri; A porcentagem de animais parasitados por D. arnfieldi foi alta, mas os animais apresentaram-se assintomáticos. A alteração hematológica mais significativa em resposta aos parasitismos foi a eosinofilia. Não há relação entre parasitismos e alterações das proteínas séricas na espécie estudada.