Controle de lesões corticosas na casca e qualidade de frutos de abacaxi cv. turiaçu fertilizado com Boro

Abstract

No Maranhão o abacaxizeiro da variedade Turiaçú que é tradicionalmente cultivado na cidade de Turiaçú - MA assume grande importância regional, visto que têm grande aceitação no mercado. Apesar de sua importância muitos aspectos dentro do cultivo desta variedade ainda precisam ser estudados mais profundamente. Um problema que deprecia o valor comercial da cv. Turiaçú atualmente é a presença de lesões na casca do fruto. Objetivou-se com o trabalho avaliar diferentes doses de boro no controle de lesões na casca e qualidade do fruto do abacaxizeiro cv. Turiaçú. O experimento foi realizado em condições de campo na cidade de Turiaçú-MA no povoado Serra dos Paz. O espaçamento foi de 1,0 x 0,30 m e o delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 6 Tratamentos e 4 repetições sendo que os tratamentos com as diferentes doses de boro foram: T1 – Testemunha ; T2 – 2,0 kg.ha1 ; T3 – 4,0 kg.ha-1 ; T4 – 6,0 kg.ha-1 ; T5 – 8,0 kg.ha-1 e T6 – 10 kg.há-1 . As doses de boro aplicadas em fundação, nos níveis de 6, 8 e 10 kg.ha-1 , promovem redução significativa do número de lesões corticosas típicas (graves) em relação à testemunha, com sensível melhoria da aparência do fruto. O tratamento mais efetivo (10 kg.ha-1 ), promoveu redução de 60 % no número de lesões, confirmando a forte associação do distúrbio com a deficiência de boro. As características biométricas, as variáveis físico-químicas da polpa e suco, bem como o número de filhotes por planta, não mostraram diferenças significativas em resposta às diferentes dosagens de boro. A concentração foliar do micronutriente B foi significativamente influenciada pelas doses crescentes de boro no solo. No tratamento mais efetivo para controle das lesões corticosas (10 kg.ha-1 ), o teor de boro ficou no nível adequado para a cultura. A prospecção do distúrbio nas áreas de produtores, confirma que o problema da elevada incidência das lesões nos frutos é um fenômeno generalizado na região, na medida em que a frequencia de frutos com 3 ou mais lesões foi superior a 90 % nas áreas amostradas.