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http://repositorio.uema.br/jspui/handle/123456789/1872
Título: | A meliponicultura como indutora de processos de resiliência socioecológica em agroecossistemas camponeses na Baixada Maranhense |
Autor(es): | Farfan, Silver Jonas Alves |
Palavras-chave: | Abelha nativa sensoriamento melissopalinologia físico-química |
Data do documento: | 3-Dez-2021 |
Editor: | UEMA |
Resumo: | A conservação de ecossistemas naturais e a restauração de áreas degradadas são fundamentais para garantir a resiliência socioecológica, especialmente frente às mudanças climáticas. A meliponicultura é uma atividade tradicional que promove sinergia entre as pessoas, as abelhas e as paisagens. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da paisagem sobre a produtividade e a qualidade do mel da abelha Tiúba (Melipona fasciculata, Meliponini) como elemento de resiliência socioecológica em agroecossistemas camponeses da Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense - APA. Para isso foram (1) selecionados e georreferenciados quarenta e sete meliponários, (2) realizados os mapeamentos das paisagens, (3) entrevistados os meliponicultores, (4) coletadas amostras de mel para medir a produtividade, realizar a melissopalinologia e determinar as características físico-químicas após maturação em 180 dias. Os meliponicultores tem alto grau de satisfação com a atividade, que no geral é herdada dos pais. A composição da paisagem e os recursos florais têm um efeito significativo na produtividade e na qualidade do mel da abelha Tiuba na APA. Foi identificado um conjunto de 77 espécies botânicas (84% nativas). A maior produtividade de mel ocorre em paisagens com maior porcentagem e densidade de campo natural, porcentagem de água permanente e composição específica de espécies botânicas arbustivas nativas. No entanto, há menor riqueza de espécies e abundância de pólen nesses méis. Meliponários em paisagens com maior cobertura florestal madura apresentam menor produtividade de mel, porém possuem méis com maior riqueza e abundância de espécies nativas, indicando mais serviços ecossistêmicos de polinização nessas paisagens. A qualidade dos méis amostrados era semelhante aos méis de Meliponini na Amazônia, exceto para sacarose, HMF e sólidos insolúveis que tinham médias maiores. As paisagens rurais típicas da APA com abundantes palmeiras, riqueza de espécies de arbustos e os característicos campos inundáveis e sua flora associada apresentam relações com açúcares, cinzas, umidade, acidez e pH dos méis estudados. Nossos resultados identificam sinergia entre meliponicultura, conservação e restauração de paisagens nesta região, o que garante uma maior resiliência socioecológica. Embora ofereça serviços ecológicos, a meliponicultura sofre ameaças com a apicultura migratória (Apis mellifera L.), o desmatamento e a ausência de uma regulamentação adequada. É necessário que o poder público ampare a meliponicultura como atividade de alto benefício social e ambiental |
Descrição: | Tese (Doutorado em Agroecologia) Universidade Estadual do Maranhão, São Luís,2021. Orientadora: Profa. Dra. Danielle Camargo Celentano Augusto. Coorientador: Prof. Dr. Guillaume Xavier Rousseau. |
URI: | http://repositorio.uema.br/jspui/handle/123456789/1872 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Agroecologia CCA - Tese |
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