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Título: O Fazedor: sobre a irrealidade e o tempo. Uma literatura fantástica
Autor(es): Santos, Paulo Eduardo Oliveira
Data do documento: 2018
Editor: UEMA
Resumo: O presente trabalho tem como objeto de estudo a obra O Fazedor do escritor argentino Jorge Luis Borges, publicada em 1960 na cidade Buenos Aires. A proposta aqui apresentada consiste em verificar como se desdobram a irrealidade e o tempo nos meandros de alguns textos que compõem essa miscelânea de narrativas e poemas. Para tanto, desenvolvemos algumas reflexões, analisamos e propomos formas de interpretar o texto borgeano na medida em que acentuamos o teor fantástico como um importante recorte, além de considerarmos tanto a irrealidade quanto o tempo como as categorias de análise desse estudo. Percebemos que o próprio escritor portenho declarava que O Fazedor era sua obra mais pessoal dentre todas as que fez dar à estampa conforme relata no epílogo do livro em questão. Por isso, apresentamos como ponto de partida do trabalho, traços da biografia do autor cunhados na referida obra, momento em que mostramos a identificação e proximidade entre ela e seu autor, na medida em que utilizamos a obra de Marcos R. Barnatán (1977) como suporte teórico mais relevante. Num segundo momento do trabalho, abordamos a irrealidade num diálogo com algumas teorias da literatura fantástica, principalmente, a de Tzvetan Todorov (2007) a fim de nortear o aspecto do irreal em O Fazedor. E, num terceiro momento, realizamos um estudo cujo enfoque principal repousa sobre a desafiadora questão do tempo na obra. Para retratar como o escritor portenho desenvolve nos textos as versões do tempo, lançamos mão principalmente dos estudos de Henri Bergson (2006) e Santo Agostinho (2008). Analisamos o tempo sob três aspectos: cíclico, infinito e eterno. O resultado obtido mostra que tanto a irrealidade quanto o tempo são vias de acesso ao fantástico considerando a multiplicidade de temáticas abordadas nos textos analisados. Nesse estudo de O Fazedor, apresentamos ainda algumas possibilidades de leituras ao longo dos capítulos que resultaram em duas metáforas: a do rio e a do quiasma ótico, que se insinuam enquanto propostas de interpretação em que o tempo é posto em destaque. O intuito dessas metáforas é dispor de uma forma que possa ajudar a entender sobre a dinâmica do tempo na referida obra do escritor argentino
Palavras-chave: O Fazedor
Irrealidade
Tempo
Literatura
Aparece nas coleções:Mestrado em Letras - CECEN - Dissertações

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