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https://repositorio.uema.br/jspui/handle/123456789/1381
Título: | Modelos educativos de comportamento: Fernão Lopes e D. Duarte, ordenadores da memória de Avis no século XV, e a produção do paradidático “O medievo português e a Revolução de Avis” |
Autor(es): | Santos, Antonio Marcos Lemos |
Data do documento: | 2021-07-29 |
Editor: | UEMA |
Resumo: | A Literatura e a História são duas formas de concepção de mundo, e há muito são utilizadas para conferir vida a distintas realidades, e descrever contextos temporais e aspectos sociais. Essas categorias de escrita foram recursos bastante utilizados após a entronização de D. João I, (1385-1433), soberano que, por intermédio de tais narrativas foi laureado com o epiteto de Rei da Boa Memória, que através das crônicas lopesianas tipo de documento que foi o embrião de uma história nacional. Observamos a construção de um discurso Estatal com pretensões de legitimação da imagem da nova facção, e para executar tal projeto os reis dessa linhagem puseram-se a escrever tratados, caso do Leal Conselheiro, que fora escrito por D. Duarte, ou delegaram essa função a terceiros, caso da Crónica de D. João I, narrativa dos fatos ocorridos no bojo dos eventos que conduziram o Mestre de Avis ao trono Português. Acreditamos que esse programa propagandístico de viés moralístico, doutrinário e disciplinar, tinha por finalidade, educar através sugestão de conselhos que visavam à fuga dos pecados e busca das virtudes, a cargo do Leal Conselheiro que segundo seu régio autor configurava-se em “huũ A.B.C. de lealdade. Ca he feicto principalmẽte pra senhores e gẽte de suas casas,” onde o Rei-Filosofo dita comedimento e postura virtuosa a serem seguidas pelo grupo de secundogênitos que alçaram um novo status social com a escalada ao poder de D. João. O processo educativo dar-se-ia também pela sugestão de modelos de conduta sociais já consolidados, para este engenho a Crónica de D. João I escrita por Lopes, para além de pretender o fortalecimento da imagem do iniciador da dinastia, por meio de um relato que se constitui como um elogio a seus feitos bélicos, tenta também, tornar permanente na memória coletiva uma boa imagem deste grupo. O cronista tenciona sua escrita a apontar modelos a serem reproduzido, tais como, modelo de bom rei, transubstanciado na pessoa do primeiro soberano de avis, modelo de guerreiro corajoso, personificado na imagem de D. Nuno Álvares Pereira, assim como de bom português que seriam todos que fossem partidários de sua causa. Isto dito, nossa pesquisa objetiva análise na supracitada documentação, para desvelar a tentativa de instituir um modelo social padrão de agir, pensar e sentir, que se utiliza de um forte apelo moralístico cristão, no esforço de educar dando indicando “boo regimento de nossas conciencias e vontades” e cristalizar a memória e forjar modelos ancorados nos “firme os claros feitos dignos de grande relembrança”. Por fim elaboramos um paradidático que objetiva levar a História do medievo para a sala de aula, o mesmo se destina a 1ª série do ensino médio e auxiliará o aprofundamento neste tema que por vezes é marginalizado no livro didático. |
Palavras-chave: | Ensino de História Comportamento - Modelos Educativos Portugal Medieval Paradidático |
Aparece nas coleções: | Mestrado em História - CECEN - Dissertações |
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