Proposta de implantação de POP para ocorrências de acidentes com motociclistas atendidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão

Abstract

O procedimento operacional padrão é uma ferramenta estratégica que visa reduzir possibilidade de erros e tempo para que as ações sejam mais técnicas e eficientes, com minimização de desvios de conduta. Serve para padronização, abrindo uma oportunidade para ações de controle mais rápidas e coerentes, mesmo diante das várias adversidades. O POP é utilizado e seguido em outros Corpos de Bombeiros Militares no Mundo (como exemplo: EUA e França), assim como em outras instituições no âmbito civil (SAMU de São Paulo, São Luís e Brasília e Hospitais) pelo Brasil. O trabalho em tela objetivou-se em uma proposta de implantação pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, de um POP para vítimas de acidentes envolvendo motociclistas, tendo como meio para isso um levantamento de dados das ocorrências atendidas pelo CBMMA em todo o Maranhão, no período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017, através do Sistema Integrado de Gestão Operacional (SIGO). Na análise e discussão dos dados verificou-se que no período mencionado foram 9.021 dos mais diversos tipos de ocorrências atendidas pelo CBMMA, e que 3.659 (40,5%) envolvem os conhecimentos de Atendimento Pré-mHospitalar (APH), sendo que a baixa carga horária em cursos de formação dosnBombeiros Militar do Maranhão não se adequa à realidade dos dados. No Brasil, nonperíodo de 2001 a 2013, o número de feridos em acidentes de trânsito mais que quadruplicou, e que na idade entre 05 a 44 anos uma das principais causa de morte são os acidentes de trânsitos, dentre os quais os de motocicletas são os que mais matam. No Maranhão não foi diferente, sendo que em 2017 tiveram 627 vítimas de acidentes de trânsito, números estes que demonstram que uma doutrina para atendimentos dessas vítimas devem ser de suma importância. Assim, o POP proposto para melhor atender tais vítimas consiste em uma divisão baseada no PHTLS (2017) em pré-evento, evento e pós-evento. No pré-evento além da avaliação da cena e segurança dos socorristas, aplicamos os conceitos de zonas quente, fria e morna, vindo do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), e demonstrou a ausência da regulação médica e a preocupação com novos riscos e preservação da cena. No evento tem-se a parte mais crítica do protocolo, envolvendo conhecimentos científicos acerca do atendimento primário, adequações práticas ao APH do CBMMA e a definição de ações em sequências com bases científicas. No pós-evento o POP faz o transporte bem como o atendimento secundário da vítima, concluindo com a entrega do paciente a unidade hospitalar e preparo da unidade móvel para novas ocorrências do tipo.