Os avanços tecnológicos e o projeto estrutural de concreto armado: uma comparação

Abstract

Conforme a história do projeto de estrutura no âmbito das últimas décadas, percebe-se que evoluções e grandes saltos na engenharia estrutural acontecem quando surge uma nova tecnologia ou algum avanço nas máquinas de computadores. Diante disso, busca-se realizar uma comparação entre o trabalho dos engenheiros antigos e o modo como é realizado atualmente nos escritórios de engenharia estrutural, ou seja, entre o método manual e o computacional. Os objetivos deste trabalho estão em torno de evidenciar as vantagens que os escritórios de engenharia estrutural podem usufruir, bem como os prejuízos causados por negligencia da parte dos engenheiros, principalmente recém-formados quanto ao método computacional principalmente. é analisada a história e evolução do projeto estrutural, seus processos, técnicas e tempo de execução, colocando em “choque” as técnicas antigas com as atuais. Para isso, apresenta-se abordagem teórica inicialmente, dos conceitos principais utilizados no estudo, a evolução do projeto, bem como propriedades importantes dos materiais utilizados em estruturas de concreto armado. Por meio de um estudo de caso, apresenta-se o projeto arquitetônico de um edifício calculado e suas características. Assim, calcula-se duas vezes o projeto: uma da forma antiga (manual) e a outra da forma atual, utilizando um software bem aceito no Brasil, que é o EBERICK. Em decorrência desses cálculos, pode-se comparar as características e dados resultantes, como o consumo de aço, tempo, vantagens e desvantagens e outras questões. Obtém-se, dessa forma, um consumo maior de aço na estrutura calculada manualmente, que se deve, principalmente, aos pilares e diferenças nos seus processos de cálculo estrutural. é percebida a enorme diferença entre o tempo de execução dos projetos dos dois casos e os impactos que isso trouxe aos escritórios de cálculo estrutural no decorrer da história, além de uma grande modificação nas exigências do mercado como um todo. Por fim são destacados alguns problemas que os engenheiros têm sofrido, devido à negligencia do processo, visto que o computador automatiza muitos deles, o engenheiro acaba se deixando a deriva da máquina e trocando sua identidade de pensante, para uma identidade de operador de máquinas.