Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.uema.br/jspui/handle/123456789/3217
Título: Hanseníase: um estudo sobre preconceito e exclusão social
Título(s) alternativo(s): Leprosy: a study on prejudice and social exclusion
Autor(es): Vaz; Sousa, Claudiane de Oliveira; Klark Baima
Orientador: Santos, Alberico Alves dos
Membro da Banca: Silva, Camila Carneiro da
Membro da Banca: Reis, Danilo da Silva dos
Data do documento: 2024-07-07
Editor: Universidade Estadual do Maranhão
Resumo: A falta de conhecimento sobre muitas doenças pode ocasionar em desinformação acerca dos seus aspectos epidemiológicos, fazendo com que as pessoas construam seu conhecimento baseadas no senso comum, gerando opiniões pré-concebidas. Em vista desse panorama social, o presente estudo debruça-se sobre os seguintes problemas: Por que a hanseníase ainda é vista sob uma ótica preconceituosa? Qual a importância da informação para a superação da exclusão social e para a sensibilização sobre essa doença infecciosa? E quais são os principais fatores que definem a persistência dos conhecimentos equivocados e do preconceito sobre a hanseníase? Entende-se que é importante conhecer e compreender todos os fatores relacionados à hanseníase, desde a causa, até os problemas sociais gerados pela mesma. Para tanto, esta pesquisa, por meio de uma revisão bibliográfica do tipo sistemática, visa responder aos questionamentos supracitados e em seu objetivo geral, determinar, através de dados da literatura acadêmica, a importância da conscientização social e do diagnóstico precoce da hanseníase na erradicação do preconceito gerado pela desinformação sobre a doença. E em seus objetivos específicos, desmistificar o estigma da doença infectocontagiosa hanseníase; apontar os fatores que justificam a importância do diagnóstico precoce da hanseníase; e ainda entender a formação da consciência social sobre a hanseníase ao longo dos últimos quatorze anos (2010-2024) de publicações científicas sobre as consequências da segregação social aos hansenianos. Esta pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo descritiva, para tanto, optou-se pelo método de estudo baseado em revisão sistemática da literatura, tendo como foco os estudos que determinam fatores que contribuem para a persistência da segregação social em relação aos hansenianos. A perpetuação do preconceito, conforme inferido nos artigos analisados neste estudo, pode ser atribuído a quatro fatores primordiais: a desinformação; os surtos reativos desencadeados pelo tratamento medicamentoso; a permanência da associação da hanseníase aos casos registrados antes do desenvolvimento de uma profilaxia efetiva para combater o patógeno; e as deformidades e perdas de membros geradas pelo diagnóstico tardio da doença, que instigam, consequentemente, uma repulsa proveniente até do próprio portador da enfermidade. É fato que existem outros elementos que reforçam o preconceito contra hansenianos, como a formação incipiente de profissionais da saúde que são designados para o atendimento de pacientes com hanseníase e as crendices de cunho religioso e folclórico, que surgem no senso comum, no entanto, todos esses agravantes são derivados de um único fator: a falta de acesso à informação pertinente. Há, portanto, uma necessidade premente de fornecer aos variados públicos que compõem a sociedade brasileira, em suas diferentes localidades, etnias, gêneros e culturas, uma educação em saúde que suplante toda e qualquer dúvida sobre a doença hanseníase, enfatizando que se trata de um doença curável e que cabe a uma ação conjunta de toda a comunidade, para que se identifique precocemente qualquer sinal suspeito de infestação pelo micróbio e, imediatamente, encaminhar o suspeito a uma unidade básica de saúde mais próxima, para que seja realizado o exame clínico e todos os procedimentos cabíveis para confirmar ou descartar a infecção
Resumo: The lack of knowledge about many diseases can lead to misinformation about their epidemiological aspects, causing people to build their knowledge based on common sense, generating preconceived opinions. In view of this social panorama, this study focuses on the following issues: Why is leprosy still viewed from a prejudiced perspective? How important is information to overcome social exclusion and raise awareness about this infectious disease? And what are the main factors that define the persistence of mistaken knowledge and prejudice about leprosy? It is understood that it is important to know and understand all the factors related to leprosy, from the cause to the social problems generated by it. To this end, this research, through a systematic bibliographic review, aims to answer the aforementioned questions and, in its general objective, determine, through data from the academic literature, the importance of social awareness and early diagnosis of leprosy in eradicating the prejudice generated by misinformation about the disease. And its specific objectives are to demystify the stigma of the infectious disease leprosy; to point out the factors that justify the importance of early diagnosis of leprosy; and also to understand the formation of social awareness about leprosy over the last fourteen years (2010-2024) of scientific publications on the consequences of social segregation of leprosy sufferers. This research is qualitative, descriptive in nature, and therefore, we chose the study method based on a systematic review of the literature, focusing on studies that determine factors that contribute to the persistence of social segregation in relation to leprosy sufferers. The perpetuation of prejudice, as inferred from the articles analyzed in this study, can be attributed to four primary factors: misinformation; reactive outbreaks triggered by drug treatment; the continued association of leprosy with cases registered before the development of effective prophylaxis to combat the pathogen; and the deformities and loss of limbs caused by late diagnosis of the disease, which consequently instigate a repulsion coming even from the sufferer of the disease. It is a fact that there are other elements that reinforce the prejudice against leprosy sufferers, such as the incipient training of health professionals who are assigned to care for leprosy patients and religious and folkloric beliefs, which arise in common sense. However, all these aggravating factors are derived from a single factor: the lack of access to pertinent information. There is, therefore, an urgent need to provide the various audiences that make up Brazilian society, in their different locations, ethnicities, genders and cultures, with health education that overcomes any and all doubts about leprosy, emphasizing that it is a curable disease and that joint action by the entire community is required to identify any suspicious sign of infestation by the microbe early and immediately refer the suspect to the nearest basic health unit, so that a clinical examination and all appropriate procedures can be carried out to confirm or rule out the infection
Palavras-chave: Hanseníase -Brasil
Estigma social
Doença infectocontagiosa
Mycobacterium leprae (M. leprae)
Leprosy -Brazil
Social stigma
Doença infectocontagiosa
Mycobacterium leprae (M. leprae)
Aparece nas coleções:Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas - Zé Doca - UEMA - Monografias

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
MONOGRAFIA - CLAUDIANE DE OLIVEIRA VAZ; KLARK BAIMA SOUSA - UEMA ZÉ DOCA 2024.pdfPDF A3.21 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.