Avaliação parasitária, hematológica e manejo produtivo de suínos nativos da Baixada Maranhense

Abstract

A região da Baixada Maranhense está localizada na região noroeste do estado do Maranhão. Os suínos nativos dessa região vivem em sistema ultra extensivo. O objetivo desse trabalho foi verificar a helmintofauna desses animais, as possíveis interferências dos parasitas gastrintestinais nas variáveis hematológicas e o manejo de criação utilizado. Foram coletadas amostras de fezes de 200 suínos nativos para a realização de exames coproparasitológicos e 80 amostras de sangue para exames hematológicos durante os períodos do início da seca, na seca, no início do período chuvoso e período chuvoso. Foram obtidos dados meteorológicos para comparação com a carga parasitária. O manejo de criação dos suínos nativos foi realizado por meio de questionário. Os parasitas encontrados nos animais foram ovos da Superfamília Strongyloidea e os gêneros/espécies de Strongyloides, Trichuris suis, Ascaris suum, ovos e larvas de Metastrongylus, oocistos de coccídeos, cistos de Balantidium coli e Entamoeba coli, e o Acanthocephalo Macracanthorhynchus hirudinaceus. A carga parasitária não apresentou correlação com as variáveis hematológicas e quanto à climatologia apenas a precipitação pluviométrica teve correlação negativa no município de Bacurituba. O manejo de criação é ultra extensivo, sem utilização de tecnologia, utilizando os recursos naturais disponíveis. Conclui-se que os suínos nativos da Baixada Maranhense são animais rústicos que convivem com o endoparasitismo sem afetar a sua condição de saúde.