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https://repositorio.uema.br/jspui/handle/123456789/3075
Título: | Entre Ave e Eva: as representações do feminino nas peças de Gil Vicente (séculos XV-XVI) |
Título(s) alternativo(s): | Between Ave and Eva: representations of the feminine in Gil Vicente’s plays (15th-16th centuries) |
Autor(es): | Mendes, Renata de Jesus Aragão |
Orientador: | Zierer, Adriana Maria de Souza |
Membro da Banca: | Vieira, Ana Lívia Bomfim |
Membro da Banca: | Abrantes, Elizabeth Sousa |
Data do documento: | 2018-06-26 |
Editor: | Universidade Estadual do Maranhão |
Resumo: | A historiografia já apontou de diversas formas o quanto o discurso pastoral religioso legitimou a inferioridade feminina pautada no discurso bíblico, enquanto maior indicador da misoginia medieval. É este o discurso misógino que reencontramos em Gil Vicente. Este homem, profundamente ligado aos princípios de devoção cumpriu enquanto poeta de corte a função pedagógica de educar àqueles (as) que para ele não seguiam os padrões estabelecidos enquanto ideal. Entre estes tantos que foram satirizados pelo teatrólogo estavam as mulheres. Sobre elas o teatrólogo constrói a imagem da Eva pecadora, maliciosa, frívola e luxuriosa. Contudo, profundo defensor do modelo mariano que era, o teatrólogo criou enquanto oposição a imagem de Eva, personagens que representavam as virtudes da Virgem Maria. Mas, para tornar sua missão possível, ele compara o modelo celeste de Maria ao modelo terreno da rainha. Esta só poderia ser a rainha D. Leonor, que teria sido a grande protetora e financiadora do teatro vicentino. Constatamos que todo esse imaginário misógino é indicativo da recriação de novos modelos comportamentais femininos que contrariavam o modelo pautado na Virgem Maria. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é compreender o comportamento feminino em Portugal entre os séculos XV e XVI, por meio das representações femininas que aparecem no teatro vicentino. |
Resumo: | The historiography already pointed out in diferent ways for the pastoral discourse that legitimates female inferiority, the greatest indicator of medieval misogyny. This is misogynist discourse that we find again in Gil Vicente. This man, deeply attached to the principles of devotion, fulfilled as a court poet the pedagogical function of educating those who for him did not follow the established standrds while the dramaturge builds the image of the sinful, malicious, frivolous and lustfful Eve. However, as profound defender of the Marian model that he was, the dramaturge created as an opposition the image of Eve, chractes that represented the virtues of the Virgin Mary. But to make his mission possible he compared the heavenly model of Mary to the queen’s earthly model. This could only be Queen Leonor, who would have been the great protector and financier of the Vicentian theater. We find that all this misogynistic imaginary is indicative of the recreation of new models of behavioral feminine that contradicted the model based in the Virgin Mary. In this sense, the objective of this work is to understand the female behavior in Portugal from the 16th century, through the female representations that appear in the Vicentian theater. |
Palavras-chave: | Gil Vicente Gênero Misoginia Teatro Portugal Historiografia Educação feminina Mulheres medievais Gender Misogyny Theater Historiografia Female education Historiography Medieval women |
Aparece nas coleções: | Curso de Licenciatura em História - CECEN - UEMA - Monografias |
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MONOGRAFIA - Renata de Jesus Aragão Mendes- HISTÓRIA UEMA 2018.pdf | 1 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
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