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Título: Impacto da degradação na mata ciliar do baixo rio Mearim, periferia leste da Amazônia
Autor(es): Silva, Roberto Lima da
Data do documento: 2014-08-28
Editor: UEMA
Resumo: O presente estudo descreve os impactos da degradação antrópica sobre a biomassa, a composição estrutural e funcional das matas ciliares do baixo rio Mearim na periferia leste da Amazônia, com base em dados coletados em 40 transectos que se estendem desde o leito do rio até a terra firme e que representam quatro níveis de degradação e diferenciam posições erosivas e sedimentares dos meandros. A biomassa aérea foi 13 vezes menor nas áreas fortemente degradadas (FD) em relação às florestas maduras originais (FM), devido à menor biomassa de árvores e palmeiras grandes (> 3 m), que representaram 97,4% da biomassa aérea (viva) em FM, mas apenas 16,1% em FD. Ao contrário disto, houve um forte aumento na contribuição na biomassa dos arbustos (+ 323%) e da vegetação herbácea (+ 356%). Enquanto que a abundância total não diferiu entre os níveis de degradação, a abundância das árvores foi maior na MF e a abundância dos arbustos foi maior em FD. A composição dos tamanhos individuais na vegetação mudou sistematicamente tanto da zona aquática (diariamente inundadas) até a terra firme (terras altas não-inundadas) e com o nível de degradação de FD dominado por poucos indivíduos grandes em FM para uma distribuição ± uniforme em FD. A planta aquática 'aninga' (Montrichardia arborescens e M. linifera) forma um componente de vegetação importante na zona aquática, onde atinge 13,3% da biomassa e 76% da abundância. A sua biomassa foi 30% e sua abundância 32% menor nas margens erosivas do que nas margens sedimentares, mas não foi afetada significativamente pelos níveis de degradação. Devido a essa indiferença em relação à degradação e sua posição de vanguarda ideal para quebrar a energia cinética das ondas e correntes, a aninga é chave para os esforços de controle da erosão e restauração ciliar. Este artigo estabelece equações alométricas para a estimação da biomassa da aninga. Outro foco desta pesquisa são as Fabaceae fixadoras de N2. Observamos uma alta participação das Fabaceae potencialmente nodulíferas na biomassa (25,9% da biomassa aérea total) que não diferiu significativamente entre os níveis de degradação (com a exceção de menores contribuições nos transectos FD), mas que foi maior nas zonas aquáticas (total de 78,8% da biomassa total) e diminuiu sistematicamente para 25,2% na terra firme. Altas perdas de nitrogênio via denitrificação nas zonas aquáticas e semi-aquáticas poderiam causar uma relativamente baixa disponibilidade de N e dar uma vantagem competitiva às leguminosas fixadoras de N2. Assim, a FBN por Fabaceae precisa ser um componente-chave em qualquer esforço de restauração de mata ciliar, chamando por mais pesquisas sobre Fabaceae e rizóbios ciliares.
Palavras-chave: Biomassas
Nitrogênio
Fixação biologica
Fabaceae
Composição funcional
Montrichardia
Floresta ribeirinha
Aparece nas coleções:Mestrado em Agroecologia CCA - Dissertações

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