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Título: Padrões de distribuição e diversidade genética das espécies Didelphis albiventris, Didelphis marsupialis e Didelphis aurita (Didelphimorphia: Didelphidae) de ocorrência no Nordeste brasileiro
Autor(es): Nascimento, Daiane Chaves do
Data do documento: 2015-03-20
Editor: UEMA
Resumo: As espécies do gênero Didelphis são conhecidas popularmente no Brasil como mucuras, timbus e sariguês. Seis são endêmicas das Américas: cinco ocorrem na América do Sul e uma na América do Norte (D. virginiana). As espécies desse gênero são classificadas em dois grupos: albiventris (gambás-de-orelhas-brancas) e marsupialis (gambás-deorelhas-pretas), das quais quatro ocorrem no Brasil (D. albiventris, D. imperfecta, D. marsupialis e D. aurita). D. aurita é endêmica da Mata Atlântica, D. albiventris é típica do Cerrado, D. marsupialis e D. imperfecta ocorrem na Amazônia. Devido às semelhanças morfológicas, D. aurita e D. marsupialis são identificadas somente por dados moleculares e morfométricos. Neste estudo, objetivou-se compreender os padrões de distribuição e diversidade genética das espécies D. albiventris, D. marsupialis e D. aurita de ocorrência no Nordeste brasileiro, a fim de se inferir quanto à sua problemática taxonômica e biogeográfica. Para tanto, analisaram-se (n=63) amostras das espécies D. albiventris (n=52), D. marsupialis (n=8) e D. aurita (n=4) provenientes de sete estados da região Nordeste do Brasil: Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão, compreendendo os biomas: Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Para obtenção dos dados moleculares, fez-se extração do DNA a partir de tecidos musculares, fígado, pele e cauda e fez-se amplificação e sequenciamento dos genes rRNA 16S, Citocromo b e Citocromo Oxidase I. Para a análise dos dados, utilizaram-se softwares específicos, bem como plataformas bioinformáticas de livre acesso. Os dados gerados a partir dos três marcadores moleculares foram eficientes e revelaram o monofiletismo de D. albiventris para a região Nordeste do Brasil, a identificação de D. marsupialis para o Cerrado maranhense; confirmando, assim, sua expansão para o leste maranhense e uma linhagem distinta de D. aurita para a Mata Atlântica alagoana. O estudo de populações para D. albiventris nos diferentes estados da região Nordeste e diferentes biomas não evidenciaram estruturação populacional indicando ausência de barreiras biológicas na área de distribuição analisada. Este estudo permitiu ainda inferir quanto à simpatria dos grupos de Didelphis para as espécies D. albiventris e D. marsupialis no Cerrado maranhense, registro raro para essas espécies
Palavras-chave: Marsupiais
Filogenia
Distribuição geográfica
Divergência
Simpatria
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