Avaliação epidemiológica da ocorrência de leishmaniose visceral em cães atendidos no Hospital Veterinário Francisco Edilberto Uchoa Lopes, 2021

Abstract

A leishmaniose é uma enfermidade complexa com uma aparição de manifestações clínicas, contendo leishmaniose cutânea (LC), leishmaniose muco cutânea (MCL), leishmaniose cutânea difusa (DCL) e leishmaniose visceral (LV) sendo a última estudada neste trabalho. O objetivo deste estudo foi realizar avaliação epidemiológica da ocorrência de leishmaniose visceral em cães atendidos no Hospital Veterinário Francisco Edilberto Uchoa Lopes (HVU-UEMA), no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2021. Para tanto foi realizado um estudo do tipo observacional, descritivo, com abordagem quantitativa para identificar a prevalência de casos de leishmaniose visceral em cães, atendidos no HVU-UEMA, localizado no município de São Luís – MA. Foram observados e analisados um total de 7.758 prontuários de cães atendidos no hospital, no ano de 2021, onde foram encontrados 450 casos positivos para leishmaniose visceral canina (LVC), com o seguinte perfil: sem raça definida (57,3%), machos (54,0%), de 1 a 5 anos de idade (47,3%), oriundos da cidade de São Luís (77,4%). Todos os casos tiveram diagnóstico laboratorial. A maioria dos cães apresentavam-se assintomáticos (55,1%) e entre aqueles que estavam sintomáticos, os principais sinais clínicos foram lesões de pele, alopecia, perda de peso excessivo e prurido. Conclui-se que a casuística de LVC entre os cães atendidos no Hospital Veterinário Universitário “Francisco Edilberto Uchôa Lopes” (HVU-UEMA), no ano de 2021, foi de 5,8% (450/7.758), e representou 62,94% (450/715) dos animais que apresentavam sintomatologia compatível com a enfermidade, sendo assim importante que os Médico Veterinários que atuam no referido hospital fiquem atentos durante a anamnésia para cães com lesões de pele, alopecia e perda de peso excessivo, pois pode ser indicativo de LVC.