Qualidade microbiológica de ostras (Crassostrea sp.) e de águas coletadas em cultivos e em bancos naturais da ilha de São Luís, MA

Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica de águas e ostras de bancos naturais e ostreiculturas localizadas na Ilha de São Luís, MA. Para isso, foram analisadas no período de setembro de 2020 a fevereiro de 2021, 60 amostras, sendo 30 de água e 30 de ostras (Crassostrea sp.) coletadas diretamente com os marisqueiros e proprietários de cultivos nos municípios da Ilha de São Luís, MA. Para a determinação de coliformes totais e E. coli nas amostras de água foi utilizada a técnica recomenda pela APHA (2012) utilizando o método rápido Colilert®. Para a contagem de coliformes totais e termotolerantes em ostras foram realizadas pelo método do Número Mais Provável (NMP) e E. coli pela técnica descrita por Vanderzant e Splittstoesser (1992). A Enumeração de Staphylococcus coagulase positiva em amostras de ostras foi realizada de acordo com SILVA et al., (2017). As pesquisas de Salmonella sp., Aeromonas sp. e Vibrio sp. em ostras foram realizadas segundo as metodologias preconizadas pela APHA (2012), CARNAHAN et al., (1991) e Bacteriological Analytical Manual online ELLIOT, KAYSNER; TAMPLIN (2004). Os resultados em média geométrica contagem de E. coli nas amostras de água variaram entre 604,29 a 1130,79 NMP/100ml demonstrando qualidade microbiológica insatisfatória. Para as ostras, 8 (26,66%) das 30 amostras apresentaram estar impróprias para consumo, sendo 4 amostras (13,33%) pela presença de Salmonella sp. e 4 amostras (13,33%) pela contagem de E. coli acima dos limites da legislação vigente. Recomenda-se a implantação de Boas Práticas de Fabricação, a utilização do processo de depuração e o monitoramento regular da qualidade microbiológica da água na cadeia produtiva das ostras em São luís, MA