Análise de viabilidade econômica da integração lavoura-pecuária-floresta no município de Pindaré-Mirim – MA

Abstract

Objetivou-se analisar a viabilidade econômica da implantação de uma área de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O trabalho foi desenvolvido em uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) de ILPF da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Cocais, localizada no município de Pindaré-Mirim, Maranhão. A área experimental foi de 3,5 hectares (ha), divididos em quatro áreas: Tratamento I - plantio de milho solteiro; Tratamento II - Sistema Barreirão - plantio de milho consorciado com pastagem. O plantio da semente da pastagem foi realizado no mesmo momento da cultura do milho, sendo sua semeadura realizada nas entrelinhas do milho, ocorrendo a mistura das sementes do capim com o adubo (NPK) no momento do plantio; Tratamento III - Sistema Barreirão com reforço de capim - plantio de milho consorciado com pastagem. O plantio da semente da pastagem foi realizado no mesmo momento da cultura do milho, sendo sua semeadura realizada nas entrelinhas do milho, ocorrendo a mistura das sementes do capim com o adubo (NPK) no momento do plantio. A diferença do tratamento anterior é que houve um reforço na semeadura do capim, sendo tal operação realizada junto à segunda adubação de cobertura do milho e; Tratamento IV - Sistema Santa Fé - plantio de milho consorciado com pastagem. O plantio da semente da pastagem foi realizado no mesmo momento da cultura do milho, sendo sua semeadura realizada nas entrelinhas do milho e sem que houvesse a mistura das sementes do capim com o adubo (NPK). Nos tratamentos II, III, IV foram utilizadas sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu. O componente arbóreo utilizado foi o eucalipto, com a finalidade de proporcionar o bem-estar animal e uma outra fonte de renda para o sistema a longo prazo, com arranjo utilizado em fileiras duplas no espaçamento de 3 m x 2 m x 28 m (3 m entre filas, 2 m entre plantas e 28 m entre fileiras). Na adubação de plantio, foram utilizados 400 kg/ha de NPK (5 - 30 - 15 + Zn). A primeira adubação de cobertura foi realizada 10 dias após a emergência (DAE) do milho com 120 kg/ha de ureia e 85 kg/ha de cloreto de potássio. Nos 15 DAE foi realizado a aplicação dos herbicidas pós-emergentes Atrazina e Nicosulfuron, com dosagem de 3 e 0,5 L/ha, respectivamente, para o controle inicial do desenvolvimento da pastagem e das folhas largas. Já a segunda adubação de cobertura ocorreu 20 DAE com 200 kg/ha de ureia. Nos 25 DAE foi realizado a aplicação de 3,5 L/ha do fertilizante foliar Grap Nitro, 0,35 L/ha fungicida Abacus e 1,5 L/ha herbicida Bazuka. Após a colheita do milho, foram calculadas a produtividade (P) e as medidas de resultado econômico. Foram calculadas a Renda Bruta (RB), Margem Bruta (MB), Margem Líquida (ML), Renda Líquida (RL), Ponto de Nivelamento (PN) e Taxa de retorno do produtor (TR).Todos os tratamentos apresentaram lucro, sendo o Sistema Barreirão o que teve melhores resultados, apresentando P de 163 sacas de milho/ha, RB de R$ 6520,00, RL de R$ 2576,41, PN em 99 sacas de milho/ha e TR de 65,33%. Os tratamentos I, III e IV apresentaram, respectivamente, P de 135, 161 e 143 sacas de milho/ha, RB de R$ 5400,00, R$ 6440,00 e R$ 5720,00, RL de R$ 1666,41, R$ 2389,46 e R$ 1793,37, PN em 94, 102, 99 sacas de milho/ha e TR de 44,63%, 58,99% e 45,67%. Os resultados obtidos reforçam a importância do estudo da viabilidade econômica para fornecer ao investidor condições para a melhor tomada de decisão.