Ciclicidade em femêas bubalinas (Bubalus bubalis) nas estações reprodutivas

Abstract

Acredita-se que o desempenho reprodutivo de bubalinos sofre maior influência do fator ambiente do que fatores genéticos, portanto uma boa condição nutricional torna-se também fundamental para obtenção de um bom desempenho reprodutivo. O trabalho teve por objetivo avaliar a ciclicidade em fêmeas bubalinas (Bubalus bubalis) e a taxa de prenhez obtidas nas estações reprodutivas, assim como correlacionar o escore de condição corporal ao escore ovariano observado nas fêmeas. O estudo foi conduzido em uma propriedade rural no município de Arari – MA, microrregião da Baixada Maranhense. A primeira etapa no mês de janeiro/2016 e a segunda no mês de julho/2016, períodos caracterizados como desfavorável e favorável à reprodução de bubalinos, respectivamente. Foram avaliadas um total de 205 búfalas (Bubalus bubalis) da raça Murrah, multíparas e não lactantes. A avaliação do ECO (escore de condição ovariana) foi realizada com auxílio de ultrassonografia em modo-B, onde foi determinado o “status” classificando os escores em 01 (presença de CL), 02 (ausência de CL e presença de folículos ≥ 8,5) e 03 (ausência de CL e presença de folículos < 8,5), respectivamente. Foram avaliados também o ECC (escore de condição corporal), ECO e taxa de prenhez. Pode-se observar que ECO 01 predominou durante a estação favorável, e ECO 02 predominou durante a estação desfavorável. O ECO 3 foi similar nas estações desfavorável e favorável. O ECO 1 na estação desfavorável foi de 75% (6/8) quando o ECC foi ≥ 3, por outro lado, durante a estação favorável foi de 67, 9% (19/28) quando o ECC foi < 3. O ECO 2 fora predominantemente verificado durante a estação desfavorável para ECC < 3, 48,9% (22/45) e também para ECC ≥ 3, 51,1% (23/45). Verificou-se diferença significativa na taxa de prenhez entre as estações reprodutivas favorável e desfavorável (41,20% vs. 27,80%, respectivamente; P<0,05). Desta forma, foi possível observar que houve concentração da atividade reprodutiva em fêmeas bubalinas (Bubalus bubalis), com predominância do ECO 1 na estação reprodutiva favorável.