Avaliação da ecotextura testicular utilizando ultrassonografia em modo b em asininos sem padrão racial definido, utilizados em veículos de tração animal

Abstract

Os asininos são animais de grande importância na tração animal, desenvolvendo um importante papel na constituição da renda familiar de famílias carentes nos grandes centros urbanos. Pela rusticidade e resistência observada nesses animais, eles são muito utilizados no transporte de cargas. No entanto, com maus tratos e manejo inadequado, alguns problemas são observados, dentre eles problemas testiculares que comprometem a função reprodutiva. A análise ultrassonográfica testicular é um método diagnóstico não invasivo e uma etapa importante no exame andrológico, possibilitando avaliar alterações e predizer o comprometimento sobre a fertilidade. O presente trabalho, teve como objetivo avaliar a ecotextura testicular de asininos, utilizados em veículos de tração animal, correlacionando os achados ultrassonográficos com a idade e a biometria testicular. Para tanto, foram utilizados 30 asininos sem padrão racial definido, divididos em dois grupos de acordo com a faixa etária (FA1 – 15 animais com idade variando de 16 a 50 meses e FA2 - 15 animais com idade superior a 50 meses e máxima de 130 meses). Na avaliação ultrassonográfica foi realizada a varredura no sentido longitudinal e transversal dos testículos e as imagens obtidas foram posteriormente analisada e a realização histograma escala-cinza foi feita pelo software GIMP 2.8 (2012). A biometria testicular foi realizada com o auxílio de um paquímetro, aferindo comprimento, largura e altura, e posteriormente obteve-se o volume testicular e o índice testicular. Quando comparada a biometria testicular entre os grupos, evidenciou-se que comprimento, largura e altura dos animais mais velhos foram significativamente maiores (p<0,05) do que os animais jovens. Ao comparar o volume e índice testicular entre os grupos, observou-se que os animais pertencentes a faixa etária 2 apresentaram valores superiores a faixa etária 1 (p<0,05). Com a realização do histograma nas imagens ultrassonográficas, não observou-se diferença estatística entre o parênquima e mediastino testicular esquerdo, entre as faixas etárias. No entanto, observou-se diferença entre a ecogenicidade do mediastino do testículo direito entre as faixas etárias. Conclui-se que os valores biométricos e de volume testicular aumentam proporcionalmente com a idade, e parênquima testicular de asininos possui ecotextura homogênea, variando de baixa a moderada intensidade, o mediastino testicular hiperecogênico em relação ao parênquima testicular.