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Título: Quilombo Filipa no “novo tempo” dos projetos de intervenção desenvolvimentista no Maranhão.
Autor(es): Teles, Claudia
Data do documento: 2017
Editor: UEMA
Resumo: Este trabalho propõe-se investigar a situação social do quilombo Filipa em “novos tempos” de projetos de intervenção desenvolvimentistas, a proposta em linhas gerais discute o processo de intervenção do Estado e outras instituições a partir da instrumentalização de projetos econômicos. A abordagem vai sendo construída levando em consideração um grupo étnico que por ser correlatamente uma unidade econômica autônoma permite o estudo a partir da abordagem antropológica. Retomo nesta perspectiva duas concepções discutidas na antropologia econômica por Karl Polanyi, a partir das definições de duas abordagens, ou seja, economia substantiva e formalista da economia. Trato ainda da relação social construída entre o quilombo Filipa e outras situações sociais. Além disso este estudo se fundamenta na própria reflexão das narrativas dos agentes sociais. Como instrumentos de pesquisa utilizei observação direta, entrevista semi-estruturada, história oral. Realizei ainda a leitura na Constituição de 1988, dispositivo legal que criou condições para que as comunidades quilombolas adentrassem no campo do direito formal e social a partir do Artigo 68 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias/ADCT, fato que tem colocado em discussão as políticas e programas sociais que foram estendidas para esses grupos classificados como “pobres” e de “baixa renda”. A pesquisa buscou responder três questões: o que é novo nas políticas econômicas, sociais e étnicas dirigidas às comunidades quilombolas? Em que condições elas tornam-se alvo de tais políticas? Quais os efeitos gerados por essas intervenções na organização econômica e política do quilombo Filipa? O estudo proposto por meio desta pesquisa dissertativa revela que as propostas implementadas no quilombo Filipa não correspondem aos interesses reais do grupo, causando um processo silencioso de desmobilização política, por ter os projetos caráter individual, sem considerar as práticas sociais, a consciência da necessidade do grupo e sua observância de interesses e benefícios coletivos.
Palavras-chave: Quilombo
Filipa
Linguagem de projetos
Intervenção
Estado
Desenvolvimento
Aparece nas coleções:Mestrado em Cartografia Social e Política da Amazônia - CCSA - Dissertações

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