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Título: Saberes geográficos integrados aos estudos territoriais sob a ótica da implantação do Parque Nacional da Chapada das Mesas, sertão de Carolina – MA.
Autor(es): Marques, Ana Rosa
Data do documento: 2012-02-06
Editor: UNESP
Resumo: Este trabalho apresenta a importância da conservação ambiental por intermédio das unidades de conservação do Brasil no bioma cerrado. Para tanto, tem-se como hipóteses: que o processo de criação do Parque Nacional da Chapada das Mesas (PNCM) não priorizou a territorialidade das populações que habitam essa área; na sua implantação não se levou em consideração os processos históricos da ocupação da região. E que as rápidas transformações paisagísticas que estão em curso nesta região afetam a noção de pertencimento da sociedade sob o ponto de vista da percepção ambiental. Neste sentido, apresenta-se como objetivo geral: desenvolver uma análise integrada do meio ambiente da região da Chapada das Mesas sob a ótica da implantação do Parque Nacional da Chapada das Mesas no período de 2005 a 2009; e, os específicos: compreender como ocorreram as principais ações desenvolvidas na fase posterior à sua criação e a percepção da população sobre essa questão. Os pressupostos teóricos e procedimentos metodológicos seguiram uma perspectiva do sistema GTP, onde os estudos do meio ambiente necessitam de uma abordagem mais complexa, procurando assim interagir com diversas formas de análise de um mesmo espaço territorial. Com a coleta e análise de dados alicerçados na linha da pesquisa qualitativa, buscando-se uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Abordam-se concepções sobre paisagem e a complexidade territorial, na área de abrangência do PNCM, apresentando o processo de ocupação, de origem indígena, suplantado pela frente pastoril, seguida pelo agronegócio, uma coexistência das diversas territorialidades. Somando-se a esse contexto a criação do PNCM, impondo novas formas de convivência com o ambiente, anteriormente “livre” para o uso coletivo dos sertanejos. Analisam-se os estudos de criação do PNCM e as ações desenvolvidas na fase de implementação inicial, discutindo as percepções dos sujeitos que possuem ligações com esse processo. Foram abordadas as dificuldades e as facilidades sobre a implementação de unidades de conservação no Brasil, completando com alguns casos sobre a gestão de áreas protegidas em nível mundial. Apresentam-se como resultados: o ordenamento territorial deve partir da valorização da paisagem como sustentáculo da memória coletiva das populações do lugar e a sua importância para a melhoria da conservação ambiental. Destacando-se a territorialidade do sertanejo, a paisagem impressa na memória desses territórios e os conflitos que emergem dos seus diversos usos, em direção à consolidação do diálogo necessário entre as instituições governamentais e não governamentais desta área de estudo. Propõe-se a instituição da Paisagem Cultural como instrumento participativo a ser discutida amplamente com a sociedade da Chapada das Mesas. Foram confirmadas as hipóteses iniciais, que resultaram nas seguintes proposições: as populações tradicionais devem permanecer em sua área no interior do Parque, seja pela assinatura do Termo de Compromisso, que já é um direito adquirido, ou pela criação de uma zona especial de uso, validado pelo papel desempenhado por esse grupo social no processo histórico e também pela sua importância cultural. Para iniciar as discussões sobre a paisagem protegida sugere-se a implantação de uma estrada-parque, conservando a paisagem ao olhar da rodovia.
Palavras-chave: Unidades de conservação
Paisagem
Ordenamento territorial
Territorialidade
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