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Título: Leucose enzoótica bovina: estudo epidemiológico na bacia leiteira do Estado do Maranhão e aperfeiçoamento do diagnóstico
Autor(es): Santos, Hamilton Pereira
Data do documento: 2010-02-19
Editor: UFRP
Resumo: A Leucose Enzoótica Bovina (LEB) é uma doença causada por um Deltaretrovirus da família Retroviridae, caracterizada por proliferação linfocitária e/ou formação de linfosarcomas, principalmente distribuída em bovinos leiteiros. O vírus da LEB está presente em todos os continentes. No Brasil foram encontrados 27,6% do rebanho leiteiro, infectado. O Estado do Maranhão se caracteriza por intensa comercialização de bovinos de várias regiões do país, onde foi constatada a presença da LEB. Neste trabalho se teve como objetivos, estudar a soroprevalência e fatores de riscos associado à LEB na Bacia Leiteira do Estado do Maranhão e aperfeiçoar técnica de imunodifusão em gel de agar (IDGA) para diagnóstico da LEB. Assim foram coletadas 920 amostras sanguíneas de 92 rebanhos leiteiros da raça Girolanda distribuídos em 23 municípios das cinco Regionais que compõem a bacia leiteira do Estado. Para o diagnóstico da LEB foi utilizada a prova de Imunodifusão em Gel deágar (IDGA). A prevalência estimada foi de 53,80% de animais sororeagentes, distribuídos em98,91% (91/92) dos rebanhos estudados, afetando principalmente animais de idade superior aos 48 meses (P<0,05). As Regionais Bacabal, São Luís e Pedreira apresentaram as freqüências de sororeatividade mais elevadas (63,50%, 61,87,% e 60,62%, respectivamente); Imperatriz, intermediária (41,18%); e Açailândia, a mais baixa (30,83%) (P<0,05). Todos os municípios apresentaram animais sororeagentes, com freqüências variando de 22,50% (São Francisco do Brejão) a 75,00% (Bernardo do Mearim). Ao se analisar as variáveis estudadas como potenciais fatores de risco para LEB foi verificada associação estatisticamente significativa (P<0,05) entre sororeagentes para LEB e uso repetido da mesma agulha para colheita de sangue ou vacinação (Odds Ratio – OR = 2,76; IC – 1,73 - 4,93), uso repetido da mesma luva obstétrica (OR=1,74; IC - 1,2 a 2,49), estabulação dos animais (OR=1,97; IC – 1,28 – 3,02) e ausência de assistência Veterinária (OR=1,42; IC – 1,06 – 1,88). O conhecimento da LEB pelos criadores e a aquisição de animais de outras criações parareprodução não interferiu na sororeatividade para LEB (OR=1,09; IC – 0,82 – 1,44 e OR=0,88; IC – 0,57 – 1,36, respectivamente) (P>0,05). Para aperfeiçoamento de uma prova de diagnóstico para LEB, utilizou-se a micro-imunodifusão em gel de agarose (micro-IDGA) usou-se protocolo simples para obtenção do antígeno comparativamente a uma macro-IDGA. Foram utilizadas 450 amostras de soro bovino provenientes de 92 propriedades dos 23 municípios que compõem a bacia leiteira do estado do Maranhão. O antígeno usado na micro-IDGA foi obtido por diálise frente ao polietilenogricol de sobrenadante de células FLK infectadas pelo VLEB. Na micro-IDGA utilizou-se 10 μl de antígeno e soro controle positivoe 30 μl do soro teste; na macro-IDGA 25 μl de todos os reagentes, produzidos pelo Instituto Tecnológico do Paraná (TECPAR). Dos soros comparados, 259 (57,56%) e 245 (54,44%) apresentaram resultados positivos na micro-IDGA e macro-IDGA, respectivamente. Houve ótima concordância entre as duas técnicas (K=0,91), com sensibilidade e especificidade da macro-IDGA em relação a micro-IDGA de 93,43% e 98,43%. A micro-IDGA apresentou linhas mais claras do que as observadas na macro-IDGA e a leitura pode ser feita 24 horas antes da macro-IDGA. Conclui-se que a micro-IDGA pode substituir a macro-IDGA no diagnóstico sorológico da LEB, com a vantagem de maior rapidez na emissão dos resultados e da obtenção do antígeno com técnica simples.
Palavras-chave: Bovino
Leucose bovina
Epidemiologia
Bovine leukosis
Bovine Prevalence
Maranhão
Aparece nas coleções:DOUTORADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

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