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Título: Variabilidade genética em populações de Aedes aegypti (Díptera: Culicidae) da Região Meio Norte do Brasil
Autor(es): Sousa, Andrelina Alves
Data do documento: 2015-05-26
Editor: UEMA
Resumo: O Aedes aegypti é um vetor de grande importância epidemiológica por ser responsável pela transmissão dos vírus da febre amarela, febre chikungunya e dengue. O presente estudo analisou a variabilidade genética e a dinâmica populacional de Ae. aegypti da região meio norte do Brasil com base em sequências do DNA mitocondrial (NADH4) e nuclear (Microssatélites). As coletas foram realizadas em quatro estados da região meio norte (Pará, Piauí, Maranhão e Tocantins), acompanhadas de um agente de endemias, nas quais foram obtidas amostras de larvas, pupas e, na oportunidade, distribuídas armadilhas para ovos que foram deixadas por cinco dias no peridomicílio das residências. O material coletado foi transportado ao laboratório de Genética e Biologia Molecular do Centro de Estudos Superiores de Caxias CESC/UEMA, onde foram aplicados os procedimentos laboratoriais com extração de DNA e PCR. Para gene NADH4 foram sequenciados 119 espécimes distribuídos entre 11 populações do estado do Maranhão, dos quais foram obtidos um fragmento de 337 pb, nove haplótipos, 12 sítios informativos, һ = 0,673e π = 0,01628. A AMOVA indicou que a maior variação observada ocorreu dentro das populações (67,46% - FST = 0,325) com P significativo (<0,001). Os valores de FST par a par indicaram restrito fluxo gênico entre as populações. As análises filogenéticas agruparam os haplótipos encontrados no presente estudo com haplótipos de outros estudos pelo o Brasil e pelo o mundo em dois clados bem suportados com 99% de bootstrap, indicando a presença de duas linhagens no estado do Maranhão. Para os três locos de microssatélites (T3A7, 3472, C2A8) foram genotipados 237 espécimes distribuídos entre 11 populações da região meio norte, dos quais foram obtidos 18, nove e 19 alelos, respectivamente. As análises detectaram 12 alelos privados, porém apenas dez apresentam uma frequência menor que 5%. Todos os locos (T3A7, 3472, C2A8) apresentaram desvio significativo para o Equilíbrio de Hardy-Weinberg (EHW). A heterozigosidade observada (Ho) variou de 0,036 a 1,000 e a heterozigosidade esperada (He) variou de 0,185 a 0,876. O coeficiente de endocruzamento (FIS) mostrou um excesso de heterozigotos (valor do f negativo) para todos os locos analisados em algumas das populações. A AMOVA indicou maior variação genética dentro das populações (76% - FST = 0,175) com P significativo (<0,001). Os valores de FST par a par para as análises de microssatélites indicaram fluxo gênico restrito entre as populações, com indicio de estruturação populacional. Portanto, os níveis de diferenciação genética observados nas populações de Ae. aegypti neste estudo mostram a necessidade da implementação de novas estratégias de controle do vetor, pois os intensos tratamentos químicos aos quais o vetor vem sendo submetido nas ultimas décadas e a pressão causada por esses programas de prevenção favorecem a ocorrência de mutações e, consequentemente, uma maior adaptação da espécie ao ambiente.
Palavras-chave: NADH4
Fluxo gênico
Maranhão
Meio Norte
Microssatélites
Populações
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciência Animal - CCA - Dissertações

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