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Título: Agroecologia e MST no Maranhão: Projeto de assentamento de reforma agraria Cristina Alves - Dificuldades e perspectivas.
Autor(es): Medina, Julio César Bravo
Data do documento: 2014
Editor: UEMA
Resumo: O presente trabalho objetivou realizar um diagnóstico geral do Assentamento Rural Cristina Alves (Itapecuru Mirim/MA) com ênfase na relação produção - organização, visando entender o progresso na questão da agroecologia, como modelo de desenvolvimento pensado pelo MST para os assentamentos rurais e assumida por importante parcela dos integrantes do assentamento Cristina Alves. A metodologia de pesquisa foi baseada na Pesquisa/Ação Participativa. Observação Participante e Entrevistas Semiestruturadas com 36 famílias (assentados e dirigentes) foram empregadas para coleta de dados, Historia Oral e Triangulação de informação, além de técnicas de estatística quantitativa foram utilizadas na análise dos dados. Comprovou-se que o Assentamento é resultado de dois processos de Luta pela Terra, promovidos pelo MST entre 2001 e 2007, na Região Norte Maranhense e está composto por famílias de tradição camponesa dos municípios próximos. Observou-se uma complexa dinâmica migratória prévia, na busca por melhores condições de vida. A comercialização da farinha de mandioca representa a principal fonte de renda agrícola, sendo outros produtos destinados principalmente para autoconsumo, devido aos seus baixos preços. A renda baixa (média<R$500/mês) leva os assentados à busca de fontes de renda não agrícola (trabalhos diversos fixos ou temporários) e, ocasionalmente a novas migrações. O trabalho coletivo e a troca de diárias são as modalidades de trabalho mais frequentes pelo forte arraigo cultural. Há escassa compreensão teórica do conceito agroecologia, no entanto, comprovou-se que vários princípios e fundamentos desta encontram-se incorporados fortemente no imaginário da população, existindo um nível de consciência alto, fato que facilita a adoção do termo pela população. Isso acontece pela relação natural entre o camponês e a agroecologia e pelo esforço do Movimento em discutir e capacitar à comunidade nessa temática, situação que se revela nas práticas de manejo tradicional no Assentamento com vieses conservacionistas e na projeção futura associada a práticas de caráter agroecológico. No entanto, existem diversos problemas por corrigir (escassez e qualidade da água, conflitos internos, negligência governamental). Verificaram-se alto nível de satisfação e importantes mudanças positivas na qualidade de vida das famílias após chegar ao Assentamento, fato revelador de que o enfoque do trabalho baseado na agroecologia começa amostrar resultados e permite visualizar avanços para o futuro.
Palavras-chave: Origem
Organização
Produção
Qualidade de vida
Projetos de Vida
Aparece nas coleções:Mestrado em Agroecologia CCA - Dissertações

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