Uso de aditivos antimicotoxinas em matrizes suínas alimentadas com dietas naturalmente contaminadas por micotoxinas

Abstract

Foi avaliada a eficiência de aditivos antimicotoxinas (AAM) na detoxificação de micotoxinas em ração de matrizes suínas em reprodução. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com dois tratamentos: T1 (constituído de 18 matrizes alimentadas com dietas naturalmente contaminadas com Zearalenona (ZEA), Fumonisina B1 (FB1) e Fumonisina B2 (FB2) + 2 kg / t de AAM) e T2 (constituído de 18 matrizes alimentadas com dietas naturalmente contaminadas com ZEA, FB1 e FB2.). Cada animal representou uma unidade experimental. O experimento teve duração de 42 dias (21 dias de pré-lactação e 21 dias na lactação). Foi implantado o monitoramento na fábrica de ração para identificar as micotoxinas e os níveis de contaminação fúngica (ergosterol) da ração e atividade de água (Aw). As variáveis analisadas foram: o volume vulvar das matrizes e leitoas; desempenho reprodutivo das matrizes (contagem de nascidos vivos, natimortos e mumificados, juntamente com as diferenças de peso ao nascer e ao desmame); atividade sérica de gamaglutamiltransferase (GGT), fosfatase alcalina (ALP) e aspartatoaminotransferase (AST), concentração sérica de glicose, colesterol, bilirrubinas, fósforo, cálcio, magnésio, sódio, potássio, cálcio iônico e ferro, bem como o proteinograma. Os dados foram analisados por Análise de Variância (ANOVA) e as comparações das médias foram realizadas pelo teste Tukey (p<0,05). Foram encontrados nas seis amostras de ração níveis médios de 0,4 mg / kg de ZEA, 1,6 mg / kg de FB1, 0,56 mg / kg de FB2, 1,84 mg / kg de ergosterol e média de 0,60 de Aw. A correlação entre o ergosterol e as micotoxinas foi moderada a fraca. O volume vulvar das matrizes não teve diferença significativa. No entanto, o volume vulvar das leitoas, foi significativo (p<0,006). No desempenho reprodutivo, não foram verificados diferenças significativas nas quantidades de leitões nascidos vivos, natimortos, mumificados e peso ao nascer. Porém, constataram-se diferenças no peso ao desmame (p<0,0018) e no ganho de peso (P<0,005). Nas análises do soro, não foram observadas diferenças siginificativas nas concentrações de GGT, ALP, AST, glicose, colesterol, bilirrubinas fósforo, magnésio, sódio, potássio, ferro e proteinograma; houve diferenças, entre os grupos, somente entre as concentrações de cálcio (p<0,0016). O adsorvente não interagiu com os minerais analisados e a adição de 2 kg / t de AAM mostrou-se positiva no volume vulvar das leitoas, no ganho de peso dos leitões aos 21 dias e no ganho de peso durante os 21 dias.