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Título: As narrativas míticas em Sócrates como elemento de integração entre a história e a literatura
Autor(es): Moraes, João Pedro da Silva
Orientador: Borralho, José Henrique de Paula
Membro da Banca: Silva Júnior, Francisco Valdério Pereira da
Membro da Banca: Vieira, Ana Lívia Bomfim
Data do documento: 2018-01-29
Editor: Universidade Estadual do Maranhão
Resumo: O presente trabalho busca compreender, sobretudo, a relação entre história e literatura a partir das narrativas míticas utilizadas por Sócrates nos diálogos platônicos. Além disso, analisar os debates existentes acerca da relação entre os dois saberes e discorrer sobre o processo de desintegração entre os mesmos. Com o declínio do mito, durante o estabelecimento da narrativa escrita e da episteme, o pensamento holístico e a tradição oral, aos poucos, foram sendo suplantados por uma racionalidade que agora tinha como centro de explicação das coisas, a razão, as coisas verificáveis, o saber empírico e não mais os mitos difundidos pela oralidade, que até então era o instrumento vital da Paideia grega, principalmente os poemas Homéricos. No Fedro, Sócrates sinaliza como a supremacia da escrita em detrimento da oralidade, enfraquece a memória, deixa os homens menos sábios e fragmenta o conhecimento. No “Fédon” e em “O Banquete” o uso recorrente das narrativas míticas aliado à dialética, revelam um Platão que se no “Íon” e em “A República” critica à poiésis e bane os poetas da cidade ideal, utiliza-se através da voz do seu mestre dessas narrativas para explicar a verdadeira natureza do amor (um daimón, segundo Diótima e concordado por Sócrates) e da alma, configurando-a como imortal. Os usos recorrentes dessas narrativas, revelam que em Sócrates ainda não havia sido estabelecido de fato a cisão entre uma concepção mítica acerca da existência humana e o logos. O mito, possivelmente, entrava em cena quando a situação se encontrava nos limites da racionalidade, ele viria para atenuar ou sanar o estado de aporia em que se encontrava a argumentação.
Resumo: The present work seeks to appear, above all, a relation between history and literature from the mythical narratives by Socrates in the Platonic dialogues. In addition, it analyze the debates about the relationship between the two segments and discuss the process of disintegration between them. With the decline of the myth, during the establishment of the narrative and the episode, the holistic thinking and oral tradition gradually were supplanted by a rationality that now had as the center of explanation of things, a reason, such as verifiable things, the saber empirical and no longer the myths spread by orality, which until then was the vital instrument of the Greek Paideia, especially the Homeric poems. “Fedro” , Socrates signals as a supremacy of writing to the detriment of orality, weakens a memory, leaves men less segments and fragments of knowledge. “Fédon” and “The Banquet” the recurrent use of the mythical narratives allied to the dialectic reveals a Plato that in the “Íon” and in the “ The Republic” criticizes the poetry and bane the ideal city poets, through a narrative to explain a true nature of love, a second plane and a concordance on the part of Socrates) and the soul, configuring it as immortal. The recurrent uses may be narrative, they reveal that in Socrates the split between a mythical conception of human existence and logos has not yet been established. The myth possibly came into play when the situation is found in the limits of rationality, it would come to mitigate or remedy the state of aporia in which an argument was found.
Palavras-chave: História
Literatura
Sócrates
Escrita
Mito
Narrativa
Pensamento holístico
Fedro
Fédon
O Banquete
Íon
History
Literature
Socrates
Writing
Myth
Narrative
Holistic thinking
Phaedrus
Phaedo
The banquet
Ion
Aparece nas coleções:Curso de Licenciatura em História - CECEN - UEMA - Monografias

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