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Título: SOLILÓQUIOS: uma experiência de interioridade na busca do conhecimento de Deus e da alma na Antiguidade Tardia vivenciada por Agostinho em Cassicíaco (386-387 d. C.)
Título(s) alternativo(s): SOLILOQUIES: an experience of interiority in the search for knowledge of God and of the soul in Late Antiquity experienced by Augustine in Cassiciaco (386-387 AD)
Autor(es): Nascimento, David Mendonça do
Orientador: Borralho, José Henrique de Paula
Membro da Banca: Vieira, Ana Lívia Bomfim
Membro da Banca: Silva Júnior, Francisco Valdério Pereira da
Data do documento: 2019
Editor: Universidade Estadual do Maranhão
Resumo: “Soliloquium” é um termo latino formado por duas palavras, solus (só) mais loquor (falar), que significa “falar sozinho” ou “conversar a sós”. Essa palavra foi criada por Agostinho, filósofo do século IV, para intitular uma de suas primeiras obras, os Solilóquios, escrita em Cassicíaco, aos arredores de Milão, no ano 387 d. C.. Nessa obra, o filósofo materializa na escrita uma experiência filosófico-espiritual em que desenvolve um diálogo literário consigo mesmo, ou seja, com sua própria ratio (razão). Esta, sendo o sentido superior da alma humana, se torna personagem central do diálogo assumindo o papel de mestra interior da verdade, canal privilegiado de ligação com Deus e com as ideias inteligíveis. Em termos psicológicos, é a manifestação de seu “outro de si”, de seu “outro eu” da consciência, de um “eu” reconciliado consigo mesmo. A obra encerra um exercício filosófico que tem como único objetivo a busca do conhecimento de Deus e da alma. Esse método é a expressão de uma filosofia religiosa que tem sua origem na síntese da cultura greco-romana com a cultura judaico-cristã, fenômeno característico do período conhecido como Antiguidade Tardia, época de transformações políticas, sociais e econômicas, e de convergências de valores orientais e ocidentais, do qual o neoplatonismo, movimento filosófico que Agostinho fez parte na sociedade letrada de Milão, é uma das maiores expressões. Herdeira do helenismo, o neoplatonismo conservou em seu bojo o ideal do sábio e o eudemonismo (o ideal da vida feliz), que em Agostinho se transforma na beatitude. Agostinho alguns pressupostos da filosofia de Platão. O mote principal do platonismo, o “conheça-te a ti mesmo”, e a doutrina da reminiscência (que pregava a imortalidade da alma e a reencarnação, e daí a existência inata das verdades inteligíveis dentro da própria mente humana, de maneira que aprender seria relembrar e ensinar seria fazer sair) serviram de base para uma atitude de interiorização na qual a criatura humana conhece a si mesmo como imagem e semelhança do seu Criador. Encontrando em si mesmo a Deus (Substância Una, Sumo Bem, Felicidade, Sabedoria, Vida) e a imortalidade de sua alma, encontra o fim último da existência humana, a felicidade e, por conseguinte a vida feliz. Esse exercício filosófico de um voltar para dentro de si mesmo em busca de felicidade, comum na era helenística, sobretudo nos estoicos, é o fenômeno social que chamamos de interioridade, que nos Solilóquios agostinianos se manifesta num diálogo interior com a própria alma na tranquilidade da chácara em Cassicíaco.
Resumo: "Soliloquium" es un término latino formado por dos palabras, solos (sólo) más loco (hablar), que significa "hablar solo" o "conversar a solas". Esta palabra fue creada por Agustín, filósofo del siglo IV, para intitular una de sus primeras obras, los Solilóquios, escrita en Cassicíaco, a los alrededores de Milán, en el año 387 d. En esta obra, el filósofo materializa en la escritura una experiencia filosófico-espiritual en la que desarrolla un diálogo literario consigo mismo, o sea, con su propia ratio (razón). Esta, siendo el sentido superior del alma humana, se convierte en personaje central del diálogo asumiendo el papel de maestro interior de la verdad, canal privilegiado de conexión con Dios y con las ideas inteligibles. En términos psicológicos, es la manifestación de su "otro de sí", de su "otro yo" de la conciencia, de un "yo" reconciliado consigo mismo. La obra encierra un ejercicio filosófico que tiene como único objetivo la búsqueda del conocimiento de Dios y del alma. Este método es la expresión de una filosofía religiosa que tiene su origen en la síntesis de la cultura grecorromana con la cultura judeocristiana, fenómeno característico del período conocido como Antigüedad Tardía, época de transformaciones políticas, sociales y económicas, y de convergencias de valores orientales y occidentales, del cual el neoplatonismo, movimiento filosófico que Agustín formó parte en la sociedad letrada de Milán, es una de las mayores expresiones. Heredera del helenismo, el neoplatonismo conservó en su seno el ideal del sabio y el eudemonismo (el ideal de la vida feliz), que en Agustín se transforma en la beatitud. Agustín algunos presupuestos de la filosofía de Platón. El mote principal del platonismo, el "conozca a ti mismo", y la doctrina de la reminiscencia (que predicaba la inmortalidad del alma y la reencarnación, y de ahí la existencia innata de las verdades inteligibles dentro de la propia mente humana, de manera que aprender sería recordar y enseñar sería hacer salir) sirvieron de base para una actitud de interiorización en la que la criatura humana se conoce a sí misma como imagen y semejanza de su Creador. En cuanto a Dios, la felicidad, la sabiduría, la vida, y la inmortalidad de su alma, encuentran el fin último de la existencia humana, la felicidad y, por consiguiente, la vida feliz. Este ejercicio filosófico de un volver hacia dentro de sí mismo en busca de felicidad, común en la era helenística, sobre todo en los estoicos, es el fenómeno social que llamamos interioridad, que en los Solilóquios agustinos se manifiesta en un diálogo interior con el alma misma en la tranquilidad en la ciudad de Cádiz.
Palavras-chave: Solilóquios
Experiência
Interioridade
Razão
Eu
Agostinho
Império Romano
Igreja
Roma
Cristianismo neoplatônico
Filosofia
imortalidade da alma
Interioridad
Reason
I
Augustine
Roman Empire
Church
Philosophy
immortality of the soul
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