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https://repositorio.uema.br/jspui/handle/123456789/2396
Título: | Tessituras de memória em Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus |
Título(s) alternativo(s): | Textures of memory in Quarto de eviction: diary of a favela resident, by Carolina Maria de Jesus |
Autor(es): | Pereira, Ana Cleia Silva |
Orientador: | Morais, Solange Santana Guimarães |
Data do documento: | 2023 |
Editor: | Universidade Estadual do Maranhão |
Resumo: | Partindo da ideia de que a literatura se utiliza da memória como fonte de inspiração para a representação da realidade nas tramas ficcionais, o presente trabalho analisa a exclusão sociocultural e suas relações com as memórias individual e coletiva, na obra Quarto de Despejo: Diário de uma favelada (1960 [2014]), de Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Tendo como plano de fundo a representação de uma memória que transcende a subjetividade, o livro, construído em forma de diário, registra o cotidiano de Carolina no âmbito da favela do Canindé, na cidade de São Paulo, onde ela e seus filhos viveram grande parte das suas vidas. A partir dos seus relatos, a escritora expõe sua experiência como catadora e a situação de miséria da população residente na favela. Além disso, tece fortes críticas à sociedade, e posiciona-se diante da sua condição de subalterna. Apoiada nessas informações, para a realização desta investigação adotamos como metodologia a pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, na qual discutimos a temática em conformidade com os estudos literários. Nessa perspectiva, quanto ao debate memorialístico o trabalho pautase nas ideias de autores como Halbwachs (2013), Le Goff (2013), Ricoeur (2010) e Assmann (2011); no campo da literatura e crítica literária a pesquisa partiu dos discursos de Bakhtin (1997) Farias (2017), Dalcastagné (2012), Resende (2008) e outros. Tendo em vista o percurso de análise na obra em estudo, será possível perceber que a memória individual registrada em Quarto de Despejo (1960 [2014]) tem implicações coletivas, uma vez que o passado e presente dialogam por intermédio de questões históricas. |
Resumo: | Starting from the perspective that literature uses memory as a inspiration source to represent reality in its fictional plots, the present work analyzes the social cultural exclusion and their individual and collective memories in the literary work Quarto de Despejo: Diário de uma favelada (1960 [2014]), from Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Having as background the representation of a memory that transcends the subjective, the book, built as a diary, registers the daily of Carolina in the Favela do Canindé, in São Paulo, where she and her children lived most of their life. From her reports, the writer exposes her experience as a scavenger and the misery situation of the favela’s residents, beyond that, she strongly criticizes society, and stands in front of her condition as a subordinate. Supported in this information to make this investigation we adopted as methodology the bibliography research of qualitative nature, in which we discuss the thematic according to literary studies. In this perspective, as for the memorial debate the work builds itself in the ideas from authors such as Halbwachs (2013), Le Goff (2013), Ricoeur (2010) and Assmann (2011); in the field of literature the research came from the discussion of Bakhtin (1997) Farias (2017), Dalcastagné (2012), Resende (2008) and others. Having in sight that the route of analyzes from the work in study it will be possible to perceive that the individual memory registered in Quarto de Despejo (1960 [2014]) has collective implications, once that past and present talk through historical questions. |
Palavras-chave: | Memória Quarto de Despejo Literatura Memory Quarto de Despejo Literature |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Letras - CECEN - Dissertações |
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