Eficiência de uso de nitrogênio e produtividade de milho em função da aplicação de biofertilizante com resíduo de pescado e Azospirillum brasilense

Abstract

Utilizar resíduo orgânico para a produção de biofertilizante é uma alternativa viável que visa à produção sustentável nos agroecossistemas. O objetivo da pesquisa foi testar a hipótese que a adição de resíduos de pescados em substituição ao esterco bovino em biofertilizantes com adição de bactéria diazotróficas (Azospirillum brasilense) aumentam a produtividade e eficiência de uso do nitrogênio no cultivo de milho orgânico. Os tratamentos foram constituídos de biofertilizantes com proporções de resíduos de pescados (RP) e esterco bovino (EP): (B.0RP: 100EB) = 0% RP: 100% EB, (B.25RP: 75EB) = 25% RP: 75% EP, (B.50RP: 50EB) = 50% RP: 50% EP, (B.75RP: 25EB) = 75% RP: 25% EB e (B.100RP: 0EB) = 100% RP: 0% EB, com ou sem adição de Azospirilum brasilense nos biofertilizantes. A substituição de 100% de esterco bovino por resíduo de pescado no biofertilizante sem bactéria aumentou em 27% a produtividade do milho. A adição da bactéria no biofertilizante aumentou a média de produtividade do tratamento B.0RP: 100EB. A adição da bactéria no biofertilizante aumentou o nitrogênio remobilizado e o absorvido pós-antese, em comparação aos biofertilizantes sem bactéria. Independente da adição ou não da bactéria, os tratamentos com 100% de esterco bovino no biofertilizante alcançou maior eficiência de uso de nitrogênio quando comparado com os demais tratamentos. Nossos resultados indicam que a substituição de esterco bovino por resíduo de pescado para a produção de biofertilizante é uma boa alternativa para melhorar as variáveis de produção da cultura de milho.