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Título: Ecobiologia de hemosporideos em aves silvestres coabitando com aves domesticas em povoados adjacentes ao sitio migratório de Panaquatira Município de São Jose de Ribamar
Autor(es): Silva Filho, João Batista
Data do documento: 2014-08-29
Editor: UEMA
Resumo: Objetivou-se realizar diagnóstico de haemosporídeos em aves selvagens migratórias em regime de cativeiro e em aves domésticas em criatórios pertencentes a povoados adjacentes ao Sítio de Aves Migratórias de Panaquatira, município de São José de Ribamar, Maranhão, Brasil, localizado próximo à área metropolitana da cidade de São Luís. Foram coletadas 203 amostras de sangue de aves domésticas e selvagens migratórias em cativeiro, sendo 140 amostras de Galliformes e 63 de Anseriformes, por meio da punção da veia braquial e crista, uma gota em esfregaço sanguíneo por ave, fixadas e coradas pelo método Panótico Rápido, leitura realizada em 100 campos microscópio, com objetiva de 40 e 100x, em criações de pequena escala de oito povoados da região. Os resultados mostraram que 19,7% das aves examinadas estavam infectadas para haemosporídeos, sendo que a infecção foi diagnosticada em Dendrocygna spp. (marreco), apresentando 26,08%; Cairina moschata (pato) com 65,38%; Netta eryhrophthalma (paturi) com 33,33% e Gallus gallus domesticus (galinha) com 12,14%. As espécies dos haemosporídeos encontradas foram do gênero Haemoproteus, Leucocytozoon e Plasmodium. Os Galliformes apresentaram prevalência (monoparasitismo) de 10,71 e 1,42%, para Leucocytozoon spp. e Plasmodium spp., respectivamente; enquanto nos Anseriformes foi verificada a prevalência de 39,07% para o Haemoproteus spp. e 3,57% para o Leucocytozoon spp. O índice médio de infecção (IMI) foi de 24,06 para Leucocytozoon spp. e de 42 para Plasmodium spp. em Galliformes. E, de 78 para Leucocytozoon spp. e de 216 para Haemoproteus spp. em aves migratórias da ordem dos Anseriformes. O índice de parasitemia (IP) foi de 0,0361 para Leucocytozoon spp. e de 0,0084 para Plasmodium spp. em galinhas (Galliformes). Enquanto, os marrecos apresentaram o IP de 0,0156 para Leucocytozoon spp. Os Anseriformes apresentaram o IP para o Haemoproteus spp. de 0,2773 (pato); 0,0278 (paturi) e 0,0864 (marreco). Quanto ao perfil dos criadores, foi verificado que o comportamento, grau de conhecimento, tipo de manejo utilizado em aves, além das condições ambientais podem favorecer a introdução, instalação, manutenção e disseminação destes haemosporídeos, considerando-se que o ecossistema, como ave infectada, presença do vetor (Díptero), a mata (ecotopo), déficit de instalações, presença de açudes e água; condições essas que favorecem a cadeia de transmissão das doenças parasitárias. Ademais, outros patógenos infecciosos (vírus/bactérias) também podem ser veiculados por esses vetores, necessitando-se de um trabalho constante de monitoramento e de educação sanitária com os criadores da região. Conclui-se que as aves domésticas, migratórias em cativeiro e migratórias amansadas dos povoados da proximidade do Sítio das Aves Migratórias de Panaquatira, São José de Ribamar, MA apresentam infecção por haemosporídeo das espécies do gênero Leucocytozoon spp., Plasmodium spp. e Haemoproteus spp, com índices de infecção e parsitemia elevados, o que poderá favorecer a disseminação da doença “Malaria Aviária”, no meio rural.
Palavras-chave: Aves migratórias
Ecobiologia
Haemosporideos
Maranhão
Aparece nas coleções:Mestrado em Defesa Sanitária Animal - CCA - Dissertações

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