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Título: Banco de sementes do solo em diferentes áreas de manejo e de fragmento florestal em Açailândia, Maranhão, Brasil
Autor(es): Araújo, Bruno Machado
Data do documento: 2019-08-22
Editor: UEMA
Resumo: Estudos em bancos de sementes do solo de remanescentes florestais são importantes para uso adequado de técnicas de restauração ambiental, particularmente, com a posterior transposição para áreas degradadas, que tenham a mesma tipologia vegetal. No entanto, esta técnica tem como pré-requisito a avaliação do banco de sementes do solo local para conhecer as limitações existentes no ecossistema para restabelecimento da vegetação em áreas degradadas. Diante disto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o banco de sementes do solo em cinco áreas com diferentes tipos de manejo florestal localizadas em Açailândia – MA. As áreas avaliadas foram: Floresta regenerada (T1), capoeira em regeneração (T2), pastagem degradada (T3), plantio florestal com eucalipto (T4) e cultivo de milho em pousio (T5). A metodologia utilizada foi a de emergência de plântulas em bandejas em casa de vegetação. Foi avaliada a composição florística, por meio da identificação das espécies e famílias, a similaridade florística entre as áreas por meio do Índice de Jaccard e a diversidade florística através do Índice de Diversidade de Shannon. Adicionalmente, foi realizada análise fitossociológica por meio do cálculo dos parâmetros: densidade, frequência e valor de importância de cada espécie, para determinar quais as espécies mais importantes no banco de sementes do solo em cada área. As avaliações da emergência de plântulas, identificação das espécies e contagem do número de indivíduos, conforme a forma de vida, foram feitas quinzenalmente durante 150 dias. Foram identificados 3674 indivíduos, pertencentes a 51 espécies de 33 gêneros e 21 famílias botânicas. Todas as espécies que emergiram no período avaliado têm a forma de vida herbácea, consideradas na literatura como plantas daninhas. As famílias Asteraceae e Malvaceae foram as que tiveram a maior riqueza florística com seis espécies cada. A maior densidade de emergência de plântulas do banco de sementes do solo foi observada na área de cultivo de milho em pousio (T5), com 3.620 plantas m-2 seguida pela área de pastagem degradada (T3), com 1.813 com plantas m-2, capoeira em regeneração (T2) com 1.676 plantas m-2, Plantio florestal com eucalipto (T4) com 845 plantas m-2 e a área de floresta regenerada, (T1) com 183 plantas m-2. As espécies mais importantes foram Chamaesyce hirta, no T1; Corchorus aestuans, no T2; Cyperus sp., no T3; Chamaesyce prostrata, no T4 e Corchorus aestuans, no T5 (com VI = 65,1; 84,9; 49,9; 43,8 e 46,1 respectivamente). A maior similaridade florística foi observada entre a capoeira em regeneração e a plantio florestal com eucalipto (40%) e entre a capoeira em regeneração e a pastagem degradada (38%). A maior diversidade florística foi observada no T4 (H’ = 2,59). A ausência de espécies perenes e a predominância de espécies de extrato herbáceo, consideradas como plantas daninhas no banco de sementes do solo avaliado impõem limitações dependendo do objetivo do projeto de restauração. Portanto, a técnica de transposição do solo das áreas pesquisadas para recuperação de áreas degradadas que tenham como finalidade o uso para atividades agropecuárias não é recomendada, porém, pode ser benéfica para ambientes extremamente degradados, para promover a atração de fauna polinizadora e dispersora de sementes, controlar a erosão e melhorar as características físicas e químicas do solo contribuindo para sua conservação.
Palavras-chave: Regeneração natural
Áreas degradadas
Diversidade
Aparece nas coleções:Mestrado em Agricultura e Ambiente  - Campus Balsas UEMA - Dissertações

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