Avaliação renal de cães naturalmente infectados por Leishmania SSP e tratados com Milteforan® (Miltefosina): aspectos ultrassonográficos modo B e Doppler

Abstract

A leishmaniose é uma doença de caráter zoonótico causada por um protozoário intracelular do gênero Leishmania. O ultrassom mostra-se uma modalidade diagnóstica não invasiva, que consegue detectar precocemente diversas alterações. O objetivo desse trabalho é identificar as alterações do parênquima e da hemodinâmica renal, por meio do emprego da avaliação ultrassonográfica em modo B e doppler, de cães com LVC tratados com miltefosina. Foram utilizados 30 animais divididos em três grupos. Com o primeiro formado por dez cães não portadores de LVC (G1) o segundo com dez cães portadores de LVC não tratados com miltefosina (G2) e o dez terceiro formados por cães portadores de LVC tratados com miltefosina (G3). Foram coletadas amostras de sangue dos animais selecionados para análise bioquímica de ureia e creatinina, aferição da pressão arterial sistêmica (PAS) foi realizada por meio de Doppler vascular e efetuadas ultrassonografias para a avaliação renal completa do parênquima renal com Modo B e dos índices hemodinâmicos com Doppler colorido. Presença de nefropatia foram achados relevantes para animais do G2 e o do G3. Cinco animais do G2 e três do G3 apresentaram valores de IR maiores que 0,70 nas artérias renais direita e esquerda, o G1 apresentou valores inferiores. Mesmo com algumas alterações ultrassonográficas e hemodinâmicas, os valores de U e C se apresentaram dentro da normalidade para a espécie, no entanto, os animais tratados com Milteforan® (miltefosina) apresentaram valore séricos inferiores aos não tratados. As médias do IR dos animais com LVC foram superiores ao dos animais sem a doença, não apresentando diferença entre os animais com LVC tratados e não tratados. Os animais com leishmaniose não tratados apresentaram valores superiores de PAS em relação aos animais tratados com Milteforan® (miltefosina).