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Título: Aspectos reprodutivos de Mugil curema (Teleostei: Mugilidae) em duas áreas da Costa Norte do Maranhão, Brasil
Autor(es): Diniz, Ana Luiza Caldas
Data do documento: 2019-12-27
Editor: UEMA
Resumo: O panorama da pesca mundial indica que a maior parte dos recursos pesqueiros se encontram plenamente explotadas ou sobreexplotados. Dessa forma, neste estudo objetivou-se analisar os parâmetros reprodutivos de Mugil curema em duas áreas da Costa Norte do Maranhão. Na APA do Delta do Parnaíba foram amostrados mensalmente de janeiro a dezembro de 2018, sendo coletados 181 exemplares através da pesca de arrasto de praia. A proporção sexual foi 1,91F:1M. As médias e desvios padrão da biometria dos espécimes indicaram que as fêmeas são maiores e mais pesadas do que machos (p˂0,05). Ambos os sexos demostraram tipo de crescimento alométrico negativo (b<3). A espécie apresentou fecundidade elevada no local e desova do tipo parcelada. O tamanho mínimo de primeira maturidade sexual foi de 23,57 cm para ossexos analisados agrupadamente. A espécie apresentou período reprodutivo prolongado, de novembro a janeiro. Na Costa Amazônica Maranhense, foram coletados 171 indivíduos capturados durante agosto de 2016 a julho de 2017. Na relação peso total x comprimento total, obteve-se para sexos agrupados (b=2,7019), demonstrando alometria do tipo negativa. O teste do χ² demonstrou-se diferenças significativas entre os sexos (χ² = 17,69; p<0,05). O tamanho de primeira maturidade sexual para sexos agrupados foi de 19,60 cm. A espécie apresenta alta fecundidade. O tipo de desova se deu de forma sincrônica em mais de dois grupos, caracterizando desova parcelada. As informações a respeito do ciclo de vida de M. curema demonstram que na Costa Amazônica Maranhense, a espécie apresenta menores tamanhos e menores pesos, demonstrando que a área apresenta maiores impactos, influenciando assim, na atividade reprodutiva da espécie, que reproduz-se mais cedo no local. Dessa forma, os dados adquiridos podem contribuir com medidas de gerenciamento pesqueiro na região estudada, como forma de promover a perpetuação da espécie, tendo em vista a grande aceitação da mesma no mercado comercial e consequente sobre-explotação.
Palavras-chave: Conservação
Dinâmica reprodutiva
Manejo
Peixes
Reprodução
Aparece nas coleções:Mestrado em Recursos Aquáticos e Pesca - CECEN - Dissertações

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