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Título: Diversidade parasitária e alterações histológicas da ação dos parasitos em órgãos de peixes Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Characiformes, Erythrinidae) provenientes dos lagos e campos do município de São Bento, MA, Baixada Maranhense, Brasil
Autor(es): Cunha, Maria Cecilia de Sousa
Data do documento: 2015-05-28
Editor: UEMA
Resumo: A pesquisa teve como objetivo realizar a identificação dos parasitos, a histopatologia das lesões nos tecidos/órgãos de peixes Hoplias malabaricus (Traíra) e a determinação da qualidade da água dos campos de São Bento, MA, Baixada Maranhense, durante o período seco e chuvoso. Os peixes foram coletados nos campos e conduzidos ao Laboratório da Fazenda Escola (FESB-UEMA), onde se realizou a eutanásia em 160 peixes através de choque térmico em baixa temperatura, a biometria e a análise parasitológica (EIRAS et al., 2006). A identificação dos parasitos foi baseada em Thatcher et al. (1991). Amostras de 50 peixes foram realizadas a análise macroscópica e no local de fixação dos parasitos foram retirados fragmentos de tecidos/órgãos para análise histológica (LUNA, 1968). Foi realizado a análise da qualidade da água dos campos da procedência dos peixes (APHA, 2001). Dos 160 peixes examinados nos lagos (as) do município de São Bento, MA, 42,5% apresentaram positivos para endoparasitos, sendo 31,25% (80) durante o período seco do ano e 53,75% (80) no período chuvoso. Os principais parasitos encontrados foram dos filos Myxozoa, Arthropoda, Plathelminthes, Nemathelminthes e Acantocephala. As larvas de nematódeos pertenciam a Ordem Ascarioidea, Família Anisakidae, gêneros Contracaecum, Pseudoterranova, Terranova, Eustrongylides e Hysterothylacum. Os tecidos e órgãos de fixação das larvas foram o mesentério, fígado, cecos pilóricos; e para os monogenéticos, Acantocéfalos foram as brânquias e o mesentério. A larva do gênero Pseudoterranova apresentou maior frequência tanto no período seco como no chuvoso encistada nos tecidos do mesentério. As lesões macroscópicas da pele pela ação de parasitos e/ou microrganismo foram à despigmentação e descamação, pontos hemorrágicos, vermelho pálido e marron nas brânquias, nadadeiras e superfície do corpo. As lesões histológicas em brânquias observadas pela ação dos monogenéticos, acantocéfalos e cistos de mixosporideos foram à dilatação do seio venoso, congestão vascular, hiperplasia e hipertrofia das células, aneurisma celular encontrados nas brânquias analisadas. Nos tecidos e órgãos internos da cavidade abdominal (mesentério, ceco pilórico, intestino, estômago e fígado), no local de fixação das larvas de nematódeos da Família Anisarkidae e Acantocephala observaram-se infiltrado inflamatório mononuclear, núcleo na periferia da célula, centros de melomacrófagos e necrose de coagulação. Das 12 amostras de água avaliadas 100% das amostras estavam contaminadas por coliformes totais e termotolerantes, quanto aos parâmetros físicoquímicos à temperatura variou de 27 a 28ºC; pH de 6,5 a 7,6; oxigênio dissolvido de 3,6 a 5,6 mg/L, alcalinidade de 40,7 a 116,3 mg/L, dureza de 68,2 a 250,3 mg/L. Conclui-se que H. malabaricus apresenta uma diversidade de parasitos da Família Anisarkidae e determinam lesões macroscópicas e microscópicas nos seus tecido e órgãos. A água dos campos é desfavorável para a sobrevida dos peixes e de consumo humano. Registra-se pela primeira vez, a ocorrência da larva do nematódeo Hysterothylacum Ward e Magath, 1917 (Anisarkidae), parasitando traíra dos lagos e campos de São Bento, MA
Palavras-chave: Parasitismo
Histologia
Qualidade-água
Hoplias malabaricus
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciência Animal - CCA - Dissertações

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