Aspectos epidemiológicos dos acidentes escorpiônicos no Maranhão, no período de 2011 a 2015

Abstract

No Brasil, o escorpionismo, quando comparado aos demais acidentes por animais peçonhentos, tem aumentado significativamente, sendo este um quadro de envenenamento provocado pela presença de toxinas no indivíduo. O estudo teve como objetivo levantar os dados de acidentes por escorpiões no Maranhão ocorridos no período de 2011 a 2015. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado no Maranhão, onde foram avaliados dados notificados de acidentes por escorpiões por meio das variáveis epidemiológicas. Com base nas informações catalogadas, os indicadores epidemiológicos e ambientais foram calculados por meio de média aritmética para as taxas de incidência e mortalidade e percentual para letalidade e demais variáveis. O presente estudo revelou um aumento no número de acidentes notificados ao longo dos anos estudados. Os eventos predominaram no sexo masculino (54,8%), de raça parda (73,8%), na faixa etária de 20 a 34 anos (28,7%), residentes na zona rural (56,5%) e com ensino fundamental incompleto (45,8%) e o local anatômico mais acidentado foi a mão (29,6%). O nível de incidência para o Maranhão foi de 8,5 acidentes/100.000 habitantes. A média de letalidade foi de 0,24%. Dos casos confirmados, cerca de 85,3% dos acidentes evoluíram para a cura. A Regional de Saúde com maior percentual foi a de Caxias (28,5%), sendo o município de Coelho Neto mais afetado. Os resultados obtidos contribuem para melhorar a compreensão do escorpionismo, e consequentemente o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o controle corretivo e preventivo, visando a melhoria da distribuição do soro antiescorpiônico para as Unidades Regionais de Saúde.