Lutas e narrativas sobre a educação quilombola

Abstract

A presente monografia surgiu de investimentos a partir do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) desde 2016 até o presente com a comunidade de Bairro Novo em Penalva, em atividades em conjunto com Programa de Pós Graduação Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA). Teve por objetivo analisar a relação entre os saberes tradicionais e a educação formal considerando situações de comunidades quilombolas, discutindo a relação de saberes tradicionais e a educação quilombola e a interdisciplinaridade no Centro de Ciências e Saberes com as escolas e, em que medida contribui para o fortalecimento étnico dos conflitos vivenciados em Bairro Novo de Penalva. O referencial teórico que embasa este estudo fundamenta-se em Almeida (2016), Martins (2010), Portela (2017) com a discussão de territorialidade, a categoria quilombo e saberes tradicionais. Os autores Berreman (1975), Bourdieu (1998), Barth (2000), Foucault (1978), contribuíram com abordagem sobre educação, pesquisa, relação de pesquisa, o distanciamento de um senso comum e um senso comum douto afim, de problematizar a partir das enclaves encontradas no campo. Nesse viés, a pesquisa configurou-se em uma abordagem qualitativa, e do estudo de caso. A metodologia realizada foi através de entrevistas não estruturadas, diário de campo, gravações de áudio e fotografias. Com o intuito de aprofundar o tema a monografia, tomo como base o trabalho de campo, tendo em vista que teoria e prática, segundo Bourdieu (1998) não estão dissociadas. Os resultados apontaram diversas contribuições advindas do engajamento de professores e a comunidade de Bairro Novo com a idas ao Centro de Ciências e Saberes, a utilização das narrativas quilombolas no ambiente escolar, com um olhar diferenciado na abordagem de saberes tradicionais. Dessa forma percebeu-se que contribuição a melhoria a compreensão de mundo, do ensino e da aprendizagem dos envolvidos.