Avaliação clínica da dor e do bem-estar animal em cadeias submetidas à ovariosalpingohisterectomia sob ação do tramadol

Abstract

O intuito deste experimento foi avaliar a segurança e eficácia do tramadol na dose de 4mg/kg por via intravenosa (IV), em cadelas submetidas a cirurgia de ovariosalpingohisterectomia, além investigar se o método traz resultados benéficos à longo prazo para as fêmeassubmetidas a este procedimento, mantendo níveis aceitáveis do bem estar animal (BEA). Fez- se uso de 20 cadelas sem raça definida, saudáveis, divididas em dois grupos iguais. O grupoTRA (tramadol) recebeu 4mg/kg/IV de tramadol, 5 minutos antes da indução anestésica. O grupo SAL(solução salina) recebeu o mesmo volume no tempo correspondente à dose de tramadol, em solução salina a 0,9%, por via IV, seguindo-se o mesmo protocolo anestésicoem todos os animais na dose de 0,044 mg/kg/subcutânea de atropina na medicação pré- anestésica, indução 2,5 mg/kg de cetamina, 0,5 mg/kg de xilazina e 0,125 mg/kg de diazepampor via IV, sendo administradas quando necessárias. Parâmetros fisiológicos referente àsfunções cardiorespiratórias e do BEA foram avaliados nos momentos Pré, Trans e Pós- Operatório. Os dados obtidos foram submetidos aos testes de Tukey, Friedman e Wilcoxononna significancia de 5%. Observou-se diferença significativa (p<0,05) nos tempos compreendidos entre o momento basal e 30 minutos após a indução anestésica nos parâmetros de fequência cardíaca para o tratamento com solução salina; de frequência respiratória para tramadol; e de pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e pressão arterial média para ambos os grupos. Esta diferença também foi observada (p<0,05) entre os tratamentos para os parâmetros pressão arterial diastólica e pressão arterial média no tempo durante a administração do tramadol ou solução salina. O uso do tramadol mostrou-se eficaz para o procedimento cirúrgico mantendo os níveis aceitáveis do Bem Estar Animal, ficando evidente com as taxas de cortisol que se mantiveram dentro dos valores fisiológicos normais (3,01; 4,63e 6,0 mcg/dL).