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Título: A formação sócio-histórica do latifúndio no sertão maranhense: estrutura e dinâmica do agronegócio no município de Grajaú - MA
Autor(es): Vieira, Layla Adriana Teixeira
Data do documento: 2018-07-13
Editor: UEMA
Resumo: Para se fazer uma análise do atual processo socioeconômico do território de Grajaú, é imprescindível que se leve em consideração as transformações territoriais ocorridas ao longo do tempo. Dessa forma, o presente estudo tem por finalidade analisar a formação sócio - histórica do latifúndio no sertão maranhense e sua relação com a estrutura e a dinâmica do agronegócio no município de Grajaú - MA. Para a consecução dos objetivos de pesquisa, foi de fundamental importância a compreensão dos conceitos/categorias que respaldam o trabalho, a saber: território, sertão e agronegócio; e suas complexidades atreladas ao desenvolvimento desigual do modo capitalista de produção. A perspectiva teóricometodológica que fundamentou a presente pesquisa foi o método do materialismo histórico e dialético, com base ideológica de Karl Marx e Friedrich Engels. Além disso, foram realizadas visitas técnicas, em busca de material documental, à APEM, Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e ao ATJMA, para posteriormente seguir para o trabalho de campo, onde foram realizadas entrevistas estruturadas e semiestruturadas, além de registros fotográficos. Portanto, a realização da pesquisa de campo deu-se na zona urbana e na zona rural do município; nesse último foram visitados os povoados de Alto Brasil, Sabonete e Flores. Na sede de Grajaú foram realizadas pesquisas em órgãos públicos, a exemplo da AGED, IBGE, IBAMA, Secretaria Municipal de Indústria e Produção; Agricultura e Meio Ambiente; e no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Por meio da longa duração constatamos que a formação do latifúndio em Grajaú, historicamente, esteve atrelada às famílias tradicionais, como por exemplo, os Léda, Moreira, Barros e Martins Jorge. Porém, a partir da década de 1970 e 1980, o município recebeu migrantes, principalmente do Centro-Sul do país, em busca de terras e/ou domínio político, o que intensificou a fragmentação territorial e levou a mecanização do campo. Com efeito, desse processo, atualmente, Grajaú se insere na lógica global através do mercado de commodities, com destaque para o cultivo da soja e do milho, além do comércio gesseiro, da bovinocultura de corte e da silvicultura. Todavia, concluímos que a entrada desses empreendimentos trouxe o aperfeiçoamento técnico, mas não a solução dos problemas socioambientais do município, tornando-o cada dia mais um território desigual e contraditório, gerados pelo processo capitalista de produção.
Palavras-chave: Desenvolvimento socioespacial
Reordenamento territorial
Agronegócio
Grajaú - MA
Aparece nas coleções:Mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional - CCSA - Dissertações

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