Efeito de isolados de Bacillus spp,E Trichoderma spp. No crescimento de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici agente causal da fusariose do tomateiro.

Abstract

Entre as doenças de maior importância econômica que afetam o tomateiro, destaca-se a Fusariose, causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici. A deficiência no controle desta doença, associada às condições ambientais favoráveis ao fungo, inviabilizam o cultivo econômico do tomate no Estado do Maranhão. Neste contexto, sistemas de produção alternativos podem ser importantes em reduzir os impactos ambientais e sociais. Objetivou-se neste trabalho avaliar o antagonismo e os metabólitos produzidos por Bacillus no controle micelial in vitro e o efeito biocontrolador de Trichoderma spp. contra F. oxysporum f. sp. lycopersici. Para a avaliação do antagonismo de Bacillus a F. oxysporum f. sp. lycopersici, foi realizado o pareamento de fungo e bactéria in vitro pelo Método do Círculo. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com 11 tratamentos e cinco repetições. No método para detecção dos metabólitos secretados pelos isolados de Bacillus, foi realizado o cultivo em meio líquido (BD), durante 15 dias. Após esse período, adicionou-se ágar, que após autoclavagem, foi vertido em placas de Petri, o patógeno foi cultivado e avaliado ao décimo dia. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com 11 tratamentos e seis repetições. Para avaliação do antagonismo de Trichoderma spp. a F. oxysporum f. sp. lycopersici, foi realizado o pareamento de culturas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com 11 tratamentos e cinco repetições. Na produção de metabólitos voláteis de Trichoderma spp., foi utilizada a técnica das placas sobrepostas. Foram utilizados dez isolados de Trichoderma spp., e cada tratamento constou de um isolado mais testemunha, com cinco repetições. Na produção de metabólitos não voláteis, foi utilizada a técnica da membrana filtrante. No delineamento experimental, os tratamentos foram dispostos num desenho inteiramente casualizado compreendendo cinco repetições. As diferenças entre as médias foram determinadas pelo teste de Tuckey a 5 %. No experimento avaliando o antagonismo a F. oxysporum f. sp. lycopersici com a utilização de Bacillus, todos os isolados diferiram estatisticamente da testemunha, com destaque aos isolados B12 (Bacillus sp.), B41 (Bacillus. cereus), B22’ (Bacillus pentothenticus), B45 (Bacillus cereus), B47 (Bacillus cereus) e B25 (Bacillus pumilus) que induziram as menores médias de diâmetro da colônia do patógeno. Para o estudo da inibição do crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. lycopersici pelo caldo agarizado autoclavado com dez isolados de Bacillus spp., cinco isolados diferiram estatisticamente da testemunha são eles: B35 (B. pumilus), B47 (Bacillus cereus), B22’ (B. pentothenticus), B12 ( Bacillus sp.) e B41 (B. cereus) sendo os dois últimos tratamentos que apresentaram os menores diâmetros de colônia do fitopatógeno com 2,89 e 3,81 cm, respectivamente. Todos os isolados se diferenciaram da testemunha quanto à ação antagônica de Trichoderma, mostrando eficiência na inibição do crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. lycopersici, porém não houve diferença significativa entre os isolados. Através da técnica das placas sobrepostas, os isolados que apresentaram o melhor resultado foram T7 e T8, os quais inibiram 24,5 % do crescimento micelial do patógeno, destacando-se dos demais, mesmo assim essa inibição não foi inferior a 10 50 %, sendo então, os isolados classificados como ineficientes. Com relação à avaliação do efeito de metabólitos não voláteis, os isolados que apresentaram os melhores resultados foram T3, T10, T11, T12, T13, e T14, diferenciando-se dos demais, destacam-se os isolados T12 e T14 por apresentarem percentual de inibição superior a 50 %, sendo estes isolados também classificados como moderadamente eficientes.