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Título: Biomarcadores em caranguejo uçá (Ucides cordatus) para monitoramento ambiental em áreas portuárias
Autor(es): Andrade, Ticianne de Sousa de Oliveira Mota
Data do documento: 2016-11-18
Editor: UEMA
Resumo: Neste estudo objetivou-se comparar biomarcadores bioquímicos (enzimas hepáticas) e morfológicos (lesões branquiais) em Ucides cordatus para obtenção de um modelo preditivo de efeitos antrópicos em uma área portuária da Ilha de São Luís-MA. Inicialmente realizou-se um levantamento bibliográfico sobre o uso de biomarcadores em crustáceos para o monitoramento de áreas portuárias. E após esta etapa, os caranguejos foram amostrados bimestralmente em dois manguezais: área portuária na Baía de São Marcos (área potencialmente contaminada) e Ilha de Facão na Baía de São José (área de referência). Foram anotados os dados biométricos como largura (LC) e comprimento da carapaça (CC), comprimento do própodo quelar (CPQ) e peso total (PT). Amostras de hepatopâncreas (biomarcador bioquímico) e brânquias (biomarcador morfológico) foram extraídas ainda em campo e analisadas em laboratório. As brânquias foram desidratadas em uma série crescente de álcoois e incluídas em parafina. Em microscopia de luz, as alterações foram identificadas e quantificadas. As amostras de hepatopâncreas foram homogeneizadas em tampão fosfato e centrifugadas, sendo o sobrenadante utilizado para determinação da atividade enzimática da glutationa-S-transferase (GST) e da catalase (CAT). O modelo preditivo dos efeitos dos impactos ambientais em U. cordatus foi estruturado pela comparação dos biomarcadores avaliados, através do ajuste de polinômios de terceira ordem, utilizando-se o método dos mínimos quadrados. O nível de significância considerado foi de 0,05. A análise bibliográfica mostrou que biomarcadores bioquímicos em caranguejos foi a metodologia mais utilizada e revelou-se muito eficiente para o monitoramento de áreas portuárias. Os resultados das análises de campo e de laboratório indicaram que os caranguejos da área de referência são maiores e mais pesados do que os caranguejos da área portuária. Quanto às lesões branquiais, uma maior quantidade de alterações, bem como lesões branquiais graves (somente) foram registrada para a área portuária. A atividade enzimática também apresentou esse mesmo padrão para a GST, em que a maior atividade desta enzima (assim como valores muito baixos, e até nulos) foi registrada nos caranguejos capturados na área portuária. Por outro lado, a atividade da CAT não mostrou diferença significativa entre as áreas, indicando que as especificidades da atividade desta enzima nos caranguejos da ilha de São Luis, ainda não são claras. Ao relacionar a biometria com a atividade da GST para os caranguejos da área portuária, verificou-se uma relação inversamente proporcional entre o PT e a atividade da enzima. Por fim, o modelo matemático indicou que a atividade da enzima aumenta até surgirem lesões graves. Após um limite, a atividade da GST diminui drasticamente para níveis muito baixos (ou até mesmo nulos) que leva a lesões irreversíveis (colapso da lamela).
Palavras-chave: Crustáceo
Dados Biométricos
Alterações branquiais
Glutationa-S-Transferase
Catalase
Modelo preditivo
Aparece nas coleções:Mestrado em Recursos Aquáticos e Pesca - CECEN - Dissertações

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